CPB se impressiona com resiliência de Follmann: “seria um grande paratleta”

  • Por Jovem Pan
  • 06/02/2017 17h03

Jackson Follmann teve parte da perna direita amputada no acidente de novembro do ano passado

Dhavid Normando/Futura Press/Estadão Conteúdo Jackson Follmann teve parte da perna direita amputada no acidente de novembro do ano passado

Na psicologia, “resiliência” é a capacidade que um indivíduo tem de lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas. Talvez não haja termo que defina melhor o que chamou a atenção do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em recente visita a Jackson Follmann, goleiro que teve uma das pernas amputada no acidente da Chapecoense. 

Escolhido para representar a entidade na conversa com o jogador de 24 anos, o vice-presidente e secretário geral do CPB, Mizael Conrado, impressionou-se com a força de espírito de Follmann.

Durante os poucos minutos de papo com o goleiro, Conrado, que é cego e já foi eleito o melhor jogador do mundo no futebol de cinco, teve a certeza de que o sobrevivente do voo LaMia será um grande paratleta – caso opte por seguir este caminho, é lógico. 

Quando você passa por uma situação como essa (amputação de um membro), há alguns estágios: primeiro, você lamenta pelo cerceamento dos movimentos, depois, começa a aceitar e, no final, consegue vislumbrar um futuroMas… Pelo que eu pude perceber, o Folmann avançou muito rápido da primeira etapa. Ele praticamente não passou por ela. Já se aceitou e está pensando no que está por vir“, revelou o dirigente, em entrevista exclusiva a Fredy Junior, para a Rádio Jovem Pan.

“A visita me deixou bastante feliz. Ele é uma pessoa muito resiliente“, acrescentou Conrado, que, apesar da conversa, ainda não sabe se Follmann vai, de fato, querer se dedicar à carreira paralímpica.

O agora ex-goleiro já colocou prótese na perna direita e deve aceitar o convite da Chapecoense para trabalhar na área diretiva do clubeA possibilidade de iniciar uma carreira paralímpica, no entanto, nunca foi descartada pelo gaúcho – o que anima o CPB.

Não falamos nada objetivamente sobre o esporte paralímpico, porque essa decisão tem de partir dele. Mas colocamos o Comitê Paralímpico Brasileiro à inteira disposição dele. Quando, e se, Follmann quiser se tornar um atleta paralímpico, vamos apoiar“, afirmou Conrado.

“Pela força de espírito e perfil, não tenho dúvidas de que ele seria um grande atleta paralímpico, com enorme possibilidade de brilhar representando o País. O Follmann seria uma bandeira de inclusão não só no Brasil, como no mundo inteiro“, finalizou.

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