CPI da CBF tem o dobro de votos necessários e está em vias de ser aberta
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No dia seguinte às prisões de dirigentes da Fifa, as consequências do escândalo na entidade máxima do futebol mundial já são sentidos no Brasil. O requerimento do senador Romário (PSB-RJ) por uma Comissão Parlmentar de Inquérito foi lido no Plenário do Senado pelo senador Douglas Cintra (PTB-PE) nesta quinta-feira (28) e está muito perto de ser aprovado.
Até o momento, 53 senadores assinaram o requerimento para a abertura da CPI, o que representa quase o dobro do mínimo necessário (27). Desta forma, só há possibilidade de isso não ocorrer caso ninguém mais se posicione a favor da medida e ainda 26 senadores mudem seu voto até a meia noite.
A comissão terá sete membros titulares e outros sete suplentes e contará com 180 dias para investigar possíveis irregularidades em diversos contratos da Confederação Brasileira de Futebol para a realização de eventos. Acordos de partidas da Seleção Brasileira, de campeonatos organizados pela CBF, da realização da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo de 2014 devem ser investigados.
As consequências do escândalo de corrupção na Fifa começam a atingir diretamente a CBF após seu ex-vice-presidente, José Maria Marin, ser preso na operação deflagrada pelo FBI e pela polícia suíça. O dirigente é acusado de negociar propinas pelos direitos de transmissão da Copa América até 2023 no valor de R$ 346 milhões enquanto presidiu a entidade.
Além disso, a gestão do antecessor de Marin na presidência da CBF, Ricardo Teixeira, também será alvo da CPI. Serão investigados contratos de patrocínios firmados com a Nike com intermédio da Traffic, empresa de José Hawilla, que recentemente participou de uma delação premiada que deu origem à operação do FBI.
*Com informações da Agência Senado
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