Cúpula da UE e Celac tem “impasse diplomático” por menção a trio do Barcelona

  • Por Agencia EFE
  • 11/06/2015 20h25
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Céline Aemisegger.

Bruxelas, 11 jun (EFE).- A cúpula entre União Europeia (UE) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) realizada nesta quinta-feira se desenvolveu em clima de tranquilidade até que o futebol entrou na pauta, provocando um “impasse diplomático”.

Nem mesmo a discussão entre primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e o chanceler argentino, Héctor Timerman, pela soberania das Ilhas Malvinas, deixou o clima tão tenso, conforme explicou Rafael Correa, presidente da Celac e da também do Equador.

O governo argentino propôs inclusão de pauta com a questão da soberania da região, pedindo apoio dos países europeus. Durante o jantar entre os representantes dos países-membros dos blocos, Cameron defendeu o direito dos cidadãos da ilha à autodeterminação.

O verdadeiro impasse, no entanto, aconteceu no mesmo encontro, quando no brinde, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, resolveu citar grandes exemplos latino-americanos. Segundo Rafael Correa, foram listados sob risos Lionel Messi, Neymar e Luis Suárez, todos jogadores do Barcelona.

“Se ressentiram os de Chile, Colômbia e México, se ressentiram os torcedores fanáticos do Real Madrid e se ressentiram os que não são amantes do futebol”, explicou o equatoriano.

O próprio Rafael Correa fez leve repreensão a Tusk, e apontou outra personalidade que merecia ganhar destaque no brinde do líder europeu.

“Você se esqueceu de nomear o papa Francisco, primeiro papa latino-americano da história”, relatou o presidente da Celac, posteriormente.

Ao indicar o novo nome, Correa acabou levantando o tema da rivalidade entre brasileiros e argentinos, apontando uma vantagem para os compatriotas do pontifície. Foi quando a presidente Dilma Rousseff respondeu ironicamente, contando uma antiga anedota.

“Bom, o papa é argentino, mas Deus é brasileiro”, afirmou a chefe de estado.

O diálogo prosseguiu, com outra bem-humorada resposta, desta vez de Rafael Correa.

“Não temos problema com isso. Seguramente, o papa é argentino, provavelmente Deus é brasileiro, mas o paraíso é equatoriano”, afirmou o presidente da Celac. EFE

cai/bg

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