Curitiba pode ter prejuízo de R$ 2 bilhões se ficar fora da Copa, diz Paulo Rink

  • Por Jovem Pan
  • 18/02/2014 10h06

Reforma na Arena da Baixada será concluída até o fim de março

EFE Arena da Baixada

A Fifa irá anunciar nesta terça-feira se manterá Curitiba como sede para a Copa ou não. Com quatro jogos na primeira fase – entre eles um dos atuais campeões, Espanha x Austrália – a Arena da Baixada corre riscos de ser cortada. Para saber como estão os andamento da obra, a Jovem Pan conversou com exclusividade com Paulo Rink, ex-jogador e atualmente vereador e presidente da Comissão Especial para acompanhamento de assuntos relacionados à Copa 2014 e às Olimpíadas 2016 da Câmara Municipal de Curitiba.

Confiante, Rink garante que desde a última reunião com o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em 21 de dezembro, quando a capital paranaense recebeu um ultimato da entidade tudo que estava ao alcance foi feito. “Aumentamos os trabalhadores e o tempo de serviço na obra e tivemos um acompanhamento diário, numa parceria entre estado, prefeitura e CAP S/A (a empresa responsável pelas obras)”.

Inicialmente prevista para custar R$ 183 milhões, a reforma da Arena da Baixada já teve um custo de R$ 320 milhões, e ainda há uma verba faltante, que tem atrasado ainda mais as obras. “Por um erro de cálculo estão faltando R$ 65 milhões, mas já existe uma carta de intenção para financiamento via BNDES assinada entre o governador do Paraná, o prefeito de Curitiba e o presidente do Atlético-PR para que a verba seja liberada”.

Paulo Rink lamenta a imagem negativa que Curitiba está passando para o mundo pela instabilidade na organização e por não ter entregado o estádio, que era visto como um dos mais modernos e completos do Brasil, na data prevista, que era 31 de dezembro de 2013. Segundo ele, as exigências da Fifa mudaram tudo e deram muito trabalho.

Apesar do alto valor, Rink garante que é o estádio mais barato das sedes da Copa, e que o preço por cadeira na Arena da Baixada ficou em torno de R$ 7 mil. “Em Natal e em Manaus, por exemplo, o valor foi de R$ 14, R$ 15 mil por assento. E aqui o pagamento é tripartite, divido em um terço para estado, um terço para prefeitura e um terço para o Atlético-PR”.

A culpa pelo atraso nas obras, jogada de um para outro, hoje não é o que importa para Paulo Rink. Ele avalia que Curitiba pode ter um prejuízo de R$ 2 bilhões caso seja cortada do Mundial. “Já são 13 mil leitos de hotel reservados. Teríamos que devolver este dinheiro, ressarcir quem já comprou passagens, sem contar a falta de movimentação no comércio. Agora não temos que apontar culpados, mas sim fazer das tripas coração para entregar o estádio”.

Com o discurso de “ou vai ou vai”, Paulo Rink ainda comentou que, caso Curitiba seja confirmada e Porto Alegre fique fora, por problemas com as temporárias (estruturas de fora do estádio, exigências da Fifa, que não estão prontas na capital gaúcha e tem sido ponto de discórdia entre o Internacional e a prefeitura), ele oferecerá a cidade para receber a partida das oitavas de final. 

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