Daniel Alves vê estreia crucial e celebra “Neymardependência” na Seleção

  • Por Jovem Pan
  • 09/06/2014 14h09
EFE Daniel Alves aponta Argentina como adversária ideal na decisão

Antes de qualquer ganhar trajetória, é preciso dar o primeiro passo. Parece ser essa a filosofia do lateral Daniel Alves que, em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (09), disse esperar uma estreia díficil, independentemente da qualidade do adversário. Para ele, a abertura e a final da Copa são os jogos mais importantes. Um dos mais experientes do grupo, ele acredita que a “dependência” de Neymar é boa para a Seleção Brasileira e aguarda já espera encontrar o companheiro Lionel Messi em uma tão sonhanda decisão diante da Argentina, no dia 13 de julho, no Maracanã.

Depois de muita preparação e expecativa, o Brasil se aproxima da abertura da Copa. A partida diante da Croácia, na Arena Corinthians, em São Paulo, foi valorizada pelo lateral. “Quanto a estreia, o rival não importa. O jogo será sempre díficil e importante. Se você vence, manda um recadinho para os outros competidores. Acho que é o jogo mais importante do torneio juntamente com a final”, opinou. 

Questionado sobre o contato próximo com o torcedor, que teria incomodado ao capitão Thiago Silva, o lateral desconversou, exaltou a torcida e cutucou a imprensa. “Com relação a isso [alta exposição do grupo], me incomoda mais a imprensa do que o torcedor. Às vezes tem uma jogada ou outra e por aqui tudo é notícia. Para gente, é um presente ver que o nosso povo já está entendendo que a Copa chegou ao Brasil e que será um momento maravilhoso para desfrutarmos. Sei que é díficil deixar de fora a situação do nosso país, mas o mundo estará aqui e merece ser bem recebido”, afirmou. 

Sobre a “sombra” de Maicon, Dani Alves disse não acreditar no conceito de “titular e reserva” em um grupo de 23 jogadores. “Não me considero titular até mesmo porque estamos um pouco atrasado com esse quesito de titular e reserva. Temos um grupo de 23 jogadores onde todos tem condições de atuar. Já tenho mais de seis anos aqui dentro da Seleção e venho brigando pelo meu espaço, sempre visando o coletivo. Já vivi de tudo e tenho certeza que essa experiência que vou viver agora vai ser única e, se eu posso compartilhar com o Maicon, melhor ainda. Quase em todas as competições éramos nos dois, então há um respeito. A Seleção é que ganha com isso”, celebrou.

Favoritos e provável final

Muito conhecedor do futebol espanhol, Daniel Alves apontou os espanhois como favoritos, mas também fez questão de incluir os donos da casa. “Primeiro, por respeito ao campeão, aponto a Espanha. Gosto bastante da Alemanha, da Argentina com um ataque espetacular e do Brasil pelo fato de jogar em casa e ter o povo ao seu lado. Acredito que essa união faça com que o favoritismo do Brasil seja real”. 

Invicto atuando pela Seleção Brasileira jogando dentro do Brasil, o lateral espera manter essa boa marca. “Temos que acreditar nas estatísticas. Acreditamos muito na história do futebol e espero que ela continua assim até a final da Copa do Mundo. Se eu pudesse escolhar uma final, eu gostaria de um Brasil e Argentina pelo clássico que é e pela história das duas equipes. Ganhar uma Copa do mundo frente ao rival de tanta expressão daria um gostinho mais especial”, admitiu.

“Neymardependência”

Companheiro de Messi e Neymar no Barcelona, o lateral disse que qualquer seleção que “dependa” dos craques estará bem servida. “Qualquer uma seleção que dependa do Messi e do Neymar tem que estar bastante feliz. É sinal que você tem em quem confiar. Seria difícil se, para ganharmos, você depender de outro jogador não está bem. Mesmo que eu não concorde com isso porque, volto a insistir, no meu modo de ver o Neymar ele é nosso diferencial e não nossa dependência”, explicou. 

Sobre críticas que Neymar e o resto do time receberam após o amistoso diante da Sérvia, o jogador justificou a atuação modesta da equipe. “Acho que nunca estamos jogando tudo, sempre temos que estar em busca de mais. Isso é o que te permite superar os rivais. Creio que não devemos nunca estar satisfeitos. Acho que devido à situações e inúmeras lesões que aconteceram previamente a Copa, isso dá um pouco de medo de perder o sonho de disputar o Mundial. O balanço de como estamos jogandos deve ser feito no final que é quando se consegue os objetivos ou não”, finalizou. 

 

 

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