Darío Pereyra aconselha Lugano e diz que São Paulo precisa de mais líderes

  • Por Jovem Pan
  • 15/01/2016 21h26
Reprodução/Youtube Darío Pereyra lembrou que demorou a encontrar seu melhor posicionamento no São Paulo

Diego Lugano está de volta ao São Paulo, clube onde é ídolo. No entanto, ele não foi o primeiro defensor uruguaio a fazer sucesso no Morumbi. Entre 1977 e 1988, Afonso Darío Pereyra Bueno, ou só Darío Pereyra, também fez sucesso com a torcida são-paulina. Agora, aos 59, ele relembrou sua carreira e deu conselhos a Lugano em entrevista a Mauro Beting, da Rádio Jovem Pan.

“O conselho que eu posso dar é continuar sendo o que ele é, o que faz na seleção. Ele pode ser muito útil ao São Paulo não só jogando, mas também aconselhando os jogadores, principalmente os zagueiros, que são novos e estão começando agora, como o Lucão, o Rodrigo Caio. Vai ser muito importante, não só pelo futebol, mas pela orientação ao volante, ao lateral, para fechar na hora certa”, disse Darío. Segundo ele, essa organização faltou ao São Paulo em 2015.

“O que vimos muitas vezes no ano passado é que o lateral não fechava na hora certa, não estava onde tinha que estar, a linha de quatro às vezes não estava bem posicionada, e isso é fundamental numa defesa bem entrosada, a conversa nos treinamentos e a orientação. Eu acho que o São Paulo tem que ter o Lugano como líder, mas outros líderes também, porque um time campeão não tem só um goleiro e um goleiro líder, tem um zagueiro, um goleiro, um volante que posiciona os meias, os meias que são bons, e os atacantes fortes, com garra, com vontade”, recomendou o ídolo tricolor.

Outra questão é como o técnico Edgardo Bauza vai encaixar Lugano, que tem 35 anos, na equipe do São Paulo – em 2005 e 2006, época de sua primeira passagem, a equipe jogou com três zagueiros. “Acho que mais pra frente a gente vai começar a ver realmente o esquema de Bauza. É diferente jogar com três zagueiros. Ultimamente a maioria dos times está jogando com linha de quatro. Tem que esperar, o treinador é que vai mandar o esquema, dependendo dos jogadores que tem. Porque às vezes o treinador olha os jogadores e pensa em linha de quatro, mas depois vê que com três atrás e dois alas o time vai melhor, como o Muricy já viu isso também”, analisou Darío Pereyra, que lembrou o fato de ter demorado a se encaixar no Tricolor na década de 1970.

“Joguei em uma posição que não era a minha, de meia esquerda, e eu era volante, como o Chicão. Só que jogava o Chicão e eu era deslocado para jogar com o número 10. É muito mais difícil, tem que ter muito mais habilidade, você joga de costas, então não é a mesma coisa. Depois, meio de casualidade, acabei passando pela zaga, comecei a ir bem, e depois Carlos Alberto me chamou e falou que queria que eu voltasse a jogar no meio. Eu falei que não, que tinha muito mais a ver na zaga, que era como eu jogava no Uruguai, de volante fixo, e de vez em quando ia ao ataque. (Na zaga) Foi onde apareceu melhor meu futebol, onde deslanchei e, graças a Deus, fiz uma campanha muito boa”, relembrou o uruguaio.

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