De olho no pódio, Lituânia não deverá ter concorrência no grupo D do Mundial
Las Palmas (Espanha), 27 ago (EFE).- Uma das poucas candidatas com alguma chance, mesmo que remota, de vencer os Estados Unidos, a Lituânia é a grande favorita do grupo D do Campeonato Mundial de basquete, em que terá pela frente Angola, Austrália, Coreia do Sul, Eslovênia e México.
Quarta colocada no ranking mundial e terceira na última edição do principal torneio da modalidade, a seleção da antiga república soviética ficou na segunda colocação do classificatório europeu, perdendo para a França na decisão.
A nota negativa, contudo, é a ausência do experiente ala Linas Kleiza, que foi companheiro de Nenê no Denver Nuggets e integrou a seleção do EuroBasket, torneio continental que serviu como classificatório para o Mundial. O corte do atleta, a princípio, por uma decisão técnica do treinador Jonas Kazlauskas, provocou polêmica do país.
O principal destaque da equipe para a disputa do Mundial deverá ser o pivô Jonas Valanciunas, que atua no Toronto Raptors. O jovem, de 22 anos, forma forte dupla no garrafão com o pivô Donatas Motiejunas, do Houston Rockets.
Sempre considerada uma força do basquete mundial, a seleção lituana ainda sonha em chegar ao primeiro escalão após a independência. O auge até hoje foi a final olímpica de 1988, quando a então União Soviética contou com Valdemaras Chomicius, Rimas Kurtinaitis, Sarunas Marciulionis e Arvydas Sabonis formando a base da equipe que conquistou o ouro.
O grupo D deverá ser um dos mais equilibrados, com pelo menos duas seleções brigando pelo segundo posto: Austrália e Eslovênia. A representante da Oceania, contudo, chegam enfraquecidos para a disputa, sem o pivô Andrew Bogut, que pediu dispensa, e o armador campeão da NBA com o San Antonio Spurs Patty Mills, que se lesionou.
Com os desfalques de peso, a aposta do técnico Andrej Lemanis será na força do conjunto, que conta com jogadores com experiência internacional, como o ala Joe Ingles, o ala-pivô Aron Baynes e o armador Matthew Dellavedova.
Resta saber se será o suficiente para superar a Eslovênia, do talentoso armador Goran Dragic, do Phoenix Suns, jogador que teve média de 20,3 pontos por jogo na temporada regular da última temporada da NBA.
O maior problema para a antiga república iugoslava, no entanto, é conseguir montar uma equipe a altura de seu craque. No classificatório europeu, a seleção ficou com a quinta colocação, isso depois superar Sérvia e Ucrânia.
Forte candidata a surpresa da chave, a seleção do México tentará manter a boa fase iniciada com o título do classificatório das Américas, disputado no ano passado. Depois de campanha irregular na primeira e segunda fase, a equipe superou Argentina na semifinal e Porto Rico na final, para ficar com a taça.
Depois de 40 anos fora de um Mundial, o país norte-americano aposta todas as fichas em um bom quinteto titular, que tem como destaques o pivô Gustavo Ayón e o armador Jorge Gutiérrez, ambos com experiência de terem atuado pela NBA.
Já a seleção angolana, 15ª no ranking mundial, tentará repetir o feito das últimas três edições do Mundial, quando conseguiu avançar da primeira fase. O pivô Valdelicio Joaquim, o armador Eduardo Mingas e o ala Reggie Moore são os principais jogadores de uma equipe desfalcada de seu craque, o ala-armador Carlos Morais.
Principal candidata a ocupar a lanterna da chave, a Coreia do Sul aposta no experiente pivô Kim Joo-Sung para tentar ir além, ao menos da última colocação na competição, resultado obtido em 1998, no Mundial da Grécia, na última participação do país no cenário internacional. EFE
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