Defesa sólida, ataque eficiente e Messi decisivo: o que esperar da Argentina com Sampaoli?

  • Por Jovem Pan
  • 07/06/2017 19h03
Divulgação AFA O "salvador da patria"

Jorge Sampaoli pode não ter conquistado muitos títulos – Chileno e Sul-Americana em 2011 com a Universidad de Chile, e Copa América em 2015 com a seleção chilena –, mas seus trabalhos sempre chamaram a atenção.

Movimentação constante, saída em velocidade e valorização da posse de bola são algumas das características dos times comandados pelo argentino de 57 anos, que agora tem a missão mais importante de sua carreira: dirigir a seleção de seu país.

Apresentado na última semana, Jorge Sampaoli chegou para substituir Edgardo Bauza, demitido no início do mês de abril após colocar em risco a classificação da Argentina para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018 – a seleção está na quinta colocação nas Eliminatórias, com 22 pontos em 14 jogos.

O novo comandante argentino, apontado pelos torcedores locais como “salvador da pátria”, quer que o “sonho” não se transforme em pesadelo. Para isso terá que trabalhar bastante e o primeiro desafio será justamente contra o maior rival: o Brasil.

A Jovem Pan apresenta o que os fãs do futebol podem esperar de Jorge Sampaoli à frente da seleção argentina já a partir do Superclássico das Américas, marcado para esta sexta-feira (9), em Melbourne, Austrália:

Ataque mais eficiente

Mesmo contando com os principais atacantes da atualidade, Messi, Higuain, Aguero e Di Maria, a seleção argentina tem o terceiro pior ataque das Eliminatórias para a Copa do Mundo com apenas 15 gols marcados em 14 jogos disputados. Um dos desafios de Sampaoli é fazer com que o ataque albiceleste funcione, assim como acontecia com o Chile, que nas Eliminatórias para o último mundial chegou a marcar 29 gols em 16 jogos.

Defesa mais sólida

Nos últimos cinco jogos válidos pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo, a seleção argentina sofreu oito gols – quase o mesmo número que o Brasil sofreu em toda a fase preliminar do mundial (10). Para reverter esse cenário, Sampaoli deve colocar três zagueiros entre os titulares e mais dois volantes à frente da defesa, como fez na Universidad de Chile – na Sul-Americana, conquistada pela La U em 2011, o time chegou a ficar 544 minutos sem sofrer gols.

Messi mais decisivo

Messi não precisa provar a ninguém que é um dos melhores do mundo. No entanto, seu rendimento na seleção vez ou outra é questionado, se comparado ao que faz no Barcelona. Para que isso não se repita, Sampaoli quer Messi mais “genuíno”. A ideia é montar um esquema que favoreça o jogo de La Pulga, deixando o craque do Barcelona atuando pelo lado e não centralizado, como aconteceu com últimos treinadores que passaram pela seleção argentina.

Mais oportunidades a Dybala

Paulo Dybala é apontado como a nova estrela do futebol mundial. O argentino de 23 anos se destacou com a camisa da Juventus na última temporada, especialmente na Liga dos Campeões. O sucesso, porém, não se repete na seleção. Desde sua primeira convocação, em 2015, atuou em apenas seis jogos e ainda não balançou a rede. Caberá então a Sampaoli dar oportunidade ao meia-atacante e ajudá-lo a brilhar com a camisa albiceleste também.

Classificar a Argentina para a Copa

Sampaoli é o terceiro treinador a comandar a Argentina nas Eliminatórias. Faltando quatro rodadas para acabar a fase preliminar do mundial, a albiceleste se encontra na quinta posição com 22 pontos. Para não ficar de fora, ou não ter que disputar repescagem, a seleção precisa ficar entre as quatro primeiras. O próximo duelo nas Eliminatórias é contra o Uruguai, em Montevidéu. Depois, recebe a Venezuela e Peru e encerra contra o Equador, fora de casa.

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