Delegação da Fifa entra em Gaza após atraso de algumas horas

(Atualiza com a entrada da delegação da Fifa em Gaza e fornece detalhes facilitados pelas autoridades israelenses)

Gaza, 5 jan (EFE).- Uma delegação da Fifa conseguiu entrar no início da tarde desta segunda-feira em Gaza, após um atraso de várias horas em um cruzamento controlado por Israel porque, segundo responsáveis israelenses, um dos integrantes não coordenou a entrada antecipadamente.

Uma porta-voz do Coordenador das Atividades do Governo nos Territórios Palestinos, organismo dependente do Ministério da Defesa israelense a cargo das passagens fronteiriças, indicou à Agência Efe que um dos quatro integrantes do grupo foi à passagem de Erez, no norte de Gaza, sem ter coordenado previamente a visita e que essa foi a razão do atraso do resto da delegação.

O presidente do Conselho Palestino de Esportes em Gaza, Absalam Ismail Haniyeh, tinha informado antes que a delegação não pôde entrar em Gaza porque “a parte israelense impediu” o cruzamento em Erez, para onde tinha se deslocado para recebê-la.

Este funcionário, que não forneceu mais detalhes, é filho do dirigente do grupo islamita Hamas e antigo primeiro-ministro em Gaza, Ismail Haniyeh.

Liderado pelo presidente da Fifa, Jospeh Blatter, o grupo deve visitar Gaza para divulgar uma iniciativa destinada a reabilitar 10 campos de futebol danificados por bombardeios israelenses.

Os representantes da Fifa, entre os quais está também o presidente da Uefa, Michel Platini, tinham fixadas reuniões com membros da Associação Palestina de Futebol em Gaza e comparecimento a uma partida de jovens jogadores na cidade de Khan Yunes.

A Fifa prevê financiar a reabilitação de 10 campos de futebol repartidos em toda a Faixa, entre eles, os dois principais estádios, o de Al-Yarmouk e Falastin, que sofreram graves danos nos bombardeios israelenses na ofensiva entre julho e agosto do ano passado.

Desde 1998, a Fifa considera a Palestina membro de pleno direito e na atualidade o número de licenças emitidas aos palestinos supera 19 mil.

Funcionários da Fifa expressaram preocupação pela situação na Faixa de Gaza, a destruição de campos de futebol, os impedimentos que atravessam os jogadores palestinos para seu livre deslocamento e sua detenção em prisões israelenses.

Desde 1977 nos territórios palestinos são disputados dois campeonatos diferentes pelas dificuldades que encontram para se deslocar de Gaza à Cisjordânia e vice-versa. EFE