Demitido do México, técnico chama agressão a jornalista de “penoso incidente”
O ex-técnico do México, Miguel Herrera, classificou nesta terça-feira como “um penoso incidente” a agressão cometida contra um jornalista esportivo no aeroporto da Filadélfia, nos Estados Unidos, após a conquista da Copa Ouro.
Em comunicado divulgado horas depois do anúncio de sua demissão do comando da equipe, Herrera pediu desculpas à torcida mexicana, integrantes da comissão técnica, jogadores da seleção, diretores da federação e à imprensa, mas sem citar especificamente o agredido.
Herrera acertou um soco no comentarista esportivo da emissora “Asteca” Christian Martinoli ontem. O próprio jornalista denunciou a agressão, que foi confirmada em vídeos e por testemunhas que estavam no aeroporto da Filadélfia.
A agressão foi decisiva para a demissão, anunciou o presidente da Federação Mexicana de Futebol (FMF), Decio de María.
Também esteve envolvida no incidente a filha de Herrera, que empurrou e deu um tapa no ex-jogador Luis García, que assim como Martinoli trabalha como comentarista da emissora “Asteca”.
“Ficou claro para mim que essa não é a atitude que um treinador do México deve tomar, apesar de eu ter recebido todo o tipo de crítica e ofensa pessoal”, escreveu o técnico.
“Estou profundamente triste de deixar o cargo de técnico da seleção por essa causa lamentável já que os resultados esportivos foram, em grande parte, positivos dentro dos objetivos”, completou.
Herrera assumiu o comando da seleção em novembro de 2013 em meio a uma grave crise de resultados depois de ter terminado em quarto nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, o que obrigou o México a enfrentar a Nova Zelândia na repescagem.
O ex-treinador dirigiu a equipe em 37 partidas, venceu 18, empatou 12 e perdeu sete, com 63 gols marcados e 34 sofridos.
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