Demitido, Estevam Soares pede “no mínimo cinco partidas” para avaliação e lamenta dívidas da Lusa
Após 15 jogos em 2015, toda a pré-temporada e apenas dois jogos pelo Campeonato Paulista da série A2 (um empate e uma derrota por 1 a 0 contra o Juventus), Estevam Soares foi demitido em sua terceira passagem como técnico da Portuguesa na última quinta (4). O treinador lamentou a decisão da diretoria do clube, mas agradeceu pela oportunidade e disse que segue “de cabeça erguida”, em entrevista exclusiva à Jovem Pan.
“O mínimo que você pode dar a um atleta ou a um treinador são cinco partidas”, avalia Estevam. O técnico disse também que questionou a diretoria da Portuguesa de Desportos sobre o porquê de sua demissão, atribuída aos maus resultados e à pressão da torcida. As explicações não foram satisfatórias para Soares.
Parecia promissor…
O ex-treinador estava confiante no começo de trabalho do clube em 2016 e diz ter feito uma boa pré-temporada, apesar de ter em mãos uma equipe totalmente reformulada e atletas que recebiam pouco.
Ele avalia ainda que a Portuguesa “poderia e deveria” ter subido da série C para a série B do Brasileirão em 2015, quando o time chegou às quartas de finais sob o seu comando. O treinador diz que 70% a 80% dos jogadores saíram e foi montado “outro time com salários muito baixos” e apenas três titulares do ano passado.
Estevam Soares elogiou a opção da diretoria da Lusa de cortar gastos. “O futebol está cheio de manlandro. Se você não tem uma receita maior, não adianta querer ser papai-noel”, disse, criticando os clubes que prometem e não pagam salários. “Que a diretoria continue nesse processo de reformulação, de ajuste”, sugeriu também.
Amor
Estevam Soares afirmou ainda: “meu trabalho, minha competência profissional é inegável”. Ele garantiu ter uma “afinidade muito grande com a torcida”.
Por fim, o ex-técnico da Lusa fez declaração de amor à Portuguesa, lembrando a importância de sua história. Lamentou ainda as dificuldades financeiras e a dívida trabalhista milionária do clube, que fez com que o Canindé pudesse ir a leilão. Então, fez um apelo aos dirigentes para recuperarem o clube.
“Infelizmente as coisas não aconteceram, mas eu acredito nesse elenco”, disse Estevam Soares.
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