Demitido, Estevam Soares pede “no mínimo cinco partidas” para avaliação e lamenta dívidas da Lusa

  • Por Jovem Pan
  • 06/02/2016 15h58
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Jovem Pan Estevam Soares destacou as dificuldades de disputar a Série C do Campeonato Brasileiro

Após 15 jogos em 2015, toda a pré-temporada e apenas dois jogos pelo Campeonato Paulista da série A2 (um empate e uma derrota por 1 a 0 contra o Juventus), Estevam Soares foi demitido em sua terceira passagem como técnico da Portuguesa na última quinta (4). O treinador lamentou a decisão da diretoria do clube, mas agradeceu pela oportunidade e disse que segue “de cabeça erguida”, em entrevista exclusiva à Jovem Pan.

“O mínimo que você pode dar a um atleta ou a um treinador são cinco partidas”, avalia Estevam. O técnico disse também que questionou a diretoria da Portuguesa de Desportos sobre o porquê de sua demissão, atribuída aos maus resultados e à pressão da torcida. As explicações não foram satisfatórias para Soares.

Parecia promissor…

O ex-treinador estava confiante no começo de trabalho do clube em 2016 e diz ter feito uma boa pré-temporada, apesar de ter em mãos uma equipe totalmente reformulada e atletas que recebiam pouco.

Ele avalia ainda que a Portuguesa “poderia e deveria” ter subido da série C para a série B do Brasileirão em 2015, quando o time chegou às quartas de finais sob o seu comando. O treinador diz que 70% a 80% dos jogadores saíram e foi montado “outro time com salários muito baixos” e apenas três titulares do ano passado.

Estevam Soares elogiou a opção da diretoria da Lusa de cortar gastos. “O futebol está cheio de manlandro. Se você não tem uma receita maior, não adianta querer ser papai-noel”, disse, criticando os clubes que prometem e não pagam salários. “Que a diretoria continue nesse processo de reformulação, de ajuste”, sugeriu também.

Amor

Estevam Soares afirmou ainda: “meu trabalho, minha competência profissional é inegável”. Ele garantiu ter uma “afinidade muito grande com a torcida”.

Por fim, o ex-técnico da Lusa fez declaração de amor à Portuguesa, lembrando a importância de sua história. Lamentou ainda as dificuldades financeiras e a dívida trabalhista milionária do clube, que fez com que o Canindé pudesse ir a leilão. Então, fez um apelo aos dirigentes para recuperarem o clube.

“Infelizmente as coisas não aconteceram, mas eu acredito nesse elenco”, disse Estevam Soares.

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