Descubra Railey, a Meca tailandesa da escalada

  • Por Agencia EFE
  • 17/07/2015 06h26
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Noel Caballero.

Krabi (Tailândia), 17 jul (EFE).- As espetaculares falésias de pedra calcária que margeiam as paradisíacas praias de areia branca de Railey são a principal atração para os amantes da escalada nesta Meca na Tailândia.

Um jovem sem camisa tateia com a ponta dos dedos as pequenas cavidades da rocha porosa, ao mesmo tempo em que reposiciona seus pés, calçados uma sapatilha especial com solado de borracha aderente, para continuar com a ascensão, utilizando uma corda e outros equipamentos de segurança para conter uma eventual queda.

No chão, com os pés cobertos de areia, e até dentro das águas turquesas que banham a baía, vários turistas esticam seus pescoços para tentar entender o que está acontecendo dezenas de metros acima de suas cabeças.

“Pratico escalada há uma década e poder admirar a paisagem do litoral de Krabi do alto, pendurado na rocha, é realmente espetacular”, disse à Agência Efe Antoine Chesnet, um jovem francês, após descer do alto da falésia.

O carbonato de magnésio, um pó utilizado para manter a humidade longe das mãos, tinge de branco as paredes do local, onde os milhares de intrépidos escaladores, que visitam esta região todos os anos, desafiam as leis da gravidade.

Mais de mil vias em 43 setores de escalada diferentes estão distribuídas em um raio de cinco minutos de caminhada nesta praia e nos seus arredores.

Com o fluxo de escaladores procedentes de todas as partes do mundo, dezenas de pequenas empresas floresceram no local, oferecendo serviços que vão desde o aluguel de material e equipamentos ao acompanhamento de guias e instrutores de escalada.

“Oferecemos pacotes de aventuras para todos os níveis, para aqueles que nunca escalaram e para os mais aptos na matéria e que sentem a necessidade de vivenciar uma dificuldade superior”, afirmou Wan, um dos instrutores da empresa Real Rocks.

As trilhas e caminhos que levam aos setores de escalada apresentam um trânsito constante, tanto de veteranos como de novatos, abarrotados de equipamentos destinados ao esporte nas alturas.

“É a primeira vez que pratico a escalada e gostei muito. Em princípio, pensei que teria medo, mas acho que é um esporte que promove o contato das pessoas com a natureza e também é uma fonte de relaxamento, apesar de ser muito, muito difícil”, confessou Carlos Rojo, um argentino de 25 anos que está fazendo mochilão pelo Sudeste Asiático há um mês.

Para completar a oferta de aventuras extremas também é possível saltar do alto das falésias de calcário nas águas quentes do mar de Andaman.

Em outubro de 2013, a marca de bebidas Red Bull, que patrocina vários eventos de esportes radicais, se estabeleceu na província de Krabi para promover a grande final do Campeonato Mundial de Salto de Penhasco, com quedas de até 28 metros.

Os amantes da escalada também podem combinar sua prática com os saltos de penhasco, já que Railey é a localidade perfeita para o psicobloc (“deep water soloing”, em inglês), uma nova variante do esporte em paredes de cinco ou seis metros, que dispensa o uso da corda como medida de segurança, mas tem a água como um “colchonete” de proteção.

“Após suar na rocha, é um prazer poder mergulhar de cabeça no mar de certa altura”, opinaram alguns praticantes da modalidade na loja de aventuras.

Geralmente, os escaladores utilizam um pequeno barco para que possam se aproximar da parede escolhida, embora haja alguns que decidam fazê-lo nadando. Na hora de pular no mar, os praticantes tentam fazer a entrada na água da maneira mais vertical possível para amortecer a queda.

O psicobloc surgiu no final dos anos 1970 na ilha de Mallorca, na Espanha, e, graças ao boca a boca, passou a ser praticado em todas as partes do mundo. EFE

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