Designer se defende de acusações de plágio em logotipo dos Jogos de 2020
Tóquio, 5 ago (EFE).- Kenjiro Sano, criador do logotipo dos Jogos Olímpicos de Tóquio, garantiu nesta quarta-feira que desconhecia a existência de um emblema belga semelhante ao que representa o evento poliesportivo, e que as acusações de plágio são infundadas.
“É um produto do meu conhecimento, da minha experiência, da minha carreira”, afirmou o designer japonês, em entrevista coletiva concedida em Tóquio.
Sano contou que tomou conhecimento das denúncias de plágio quando estava em Nova York e disse ter sido pego de surpresa. A acusação partiu do designer Olivier Debie, que publicou em perfil nas redes sociais um logotipo que criou para um teatro da cidade de Liège há dois anos.
O criador da marca que representa os Jogos Olímpicos foi questionado sobre as semelhanças entre as peças, reconheceu que há “elementos em comum”, mas que a ideia do projeto para Tóquio 2020 é muito diferente.
Sano explicou que o eixo central de seu desenho é a letra T e que incluiu o círculo vermelho como homenagem a obra criada por Yusaku Kamekura para os Jogos Olímpicos de 1964, cujo elemento central era o “sol nascente”, presente na bandeira do país.
“Os logotipos precisam ser simples, e quanto trabalhamos com o alfabeto é inevitável que saiam coisas parecidas. O teatro usa a letra T de teatro e L de Liége como eixo”, contou o desenhista de 43 anos.
O japonês ainda explicou que antes da apresentação oficial do emblema, em 24 de julho, o Comitê Organizador de Tóquio 2020 realizou uma apuração internacional de marcas registradas, por isso não existiria “nenhum problema” com sua obra.
Na última sexta-feira, Debie enviou uma carta ao COI, pedindo mudança no logotipo dos Jogos, garantindo que se não houver resposta em oito dias, entrará com ação na justiça belga, para tentar proibir o uso do desenho de Sano. EFE
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