Diego Maradona diz que Fifa “odeia o futebol” e cobra transparência

  • Por Agência EFE
  • 27/05/2015 16h21
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EFE Maradona se envolveu em nova polêmica ao chamar o ex-genro Sergio Agüero de "cagão"

Diego Maradona atacou a Fifa nesta quarta-feira, após a divulgação de informações sobre esquema de corrupção envolvendo dirigentes, e ainda cobrou mudanças nas entidades do futebol mundial.

“A Fifa não tem problema em tirar dinheiro das pessoas, de cobrar o estacionamento mais caro, de tirar o maior lucro, de que tenha álcool nos estádios ou não, desde que a convenha. A Fifa odeia o futebol e a transparência”, disse o ex-jogador argentino, em entrevista à rádio “La Red”.

“Hoje temos uma Fifa de trilhões de dólares e há jogadores pelo mundo que não ganham mais de 150 dólares”, completou.

“El Pibe” disse, no entanto, que não é possível iniciar comemorações pelas prisões, por ser necessário comprovar todas as acusações feitas pela promotoria de Nova York, nos Estados Unidos. Maradona, no entanto, cobrou uma nova era na entidade.

“Hoje o futebol não existe. Basta de mentiras para as pessoas, e de depois fazer um jantar show para reeleição de Blatter”, afirmou o ídolo argentino, lembrando que nesta sexta-feira o suíço concorreria ao quinto mandato de presidente da Fifa.

Maradona se definiu como um defensor do combate a corrupção no esporte em que brilhou, e lembrou das vezes que cobrou investigações na entidade que rege o futebol argentino.

“Eu tenho 54 anos e venho brigando com a vida há muito tempo, com as pessoas da minha época. Me diziam que estava louco quando falava de dirigentes corruptos. Quando pedia que averiguassem as contas de Julio Grondona (ex-presidente da federação argentina), respondiam que eu queria tirá-lo do poder, mas o que eu não queria era que ele seguisse roubando”, garantiu.

O lendário camisa 10 avaliou que o atual presidente da Fifa tem chances de sair arranhado do escândalo deflagrado hoje, apesar de não ter recebido nenhuma acusação formal das autoridades.

“É preciso ver se Blatter ganhará depois disso. Os americanos fizeram um trabalho impecável”, disse Maradona, que já declarou apoio nas eleições da entidade ao príncipe jordaniano Ali Bin al-Hussein.

Apesar do pedido inicial de calma, “El Pibe” voltou a mostrar o gênio forte e mandou um recado para os dirigentes que tiverem culpa comprovada.

“Os bons vão ficar, mas aos maus, eu vou me encarregar pessoalmente de dar-lhes um chute no traseiro”, concluiu o argentino.

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