Dirigentes firmam pacto para evitar que clubes recorram à Justiça comum

Dirigentes fizeram pacto durante o Conselho Técnico para que clubes não recorram à Justiça comum

Conselho Técnico da Confederação Brasileira de Futebol

Depois de toda a polêmica envolvendo o caso Heverton, os dirigentes dos clubes brasileiros, assim como o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, fizeram um pacto durante o Conselho Técnico da entidade máxima do futebol nacional para que os representantes dos clubes não recorram à justiça comum para defenderem seus interesses.

O mandatário da CBF pediu aos dirigentes que acatem as decisões da Justiça Desportiva, pois o ato de recorrer à Justiça comum pode prejudicar os interesses do futebol como um todo.

“É deplorável essa tentativa de ignorar a Justiça Desportiva, transferindo as suas decisões para a Justiça comum, o que só pode gerar consequências negativas, inclusive o risco de as competições não terminarem”, frisou Marin, que destacou que os problemas envolvendo a justiça podem atrapalhar até no aspecto financeiro. “O patrocinador não se sente seguro para continuar investindo e vai acabar fugindo do futebol. O que é o caso também da TV Globo”, prosseguiu;

Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG, também corroborou o discurso do mandatário da CBF: “Todo esse clima de indefinição já fez o patrocínio em 2014 ser reduzido substancialmente. Sem o patrocínio, os clubes quebram”.

Outro a apoiar a decisão de não recorrer à Justiça comum foi Fabio Koff, presidente do Grêmio, que acredita que essas manobras atentam contra a credibilidade das competições do futebol brasileiro.

“Temos de acabar com a baderna que vem sendo criada por esses recursos à Justiça comum”, falou o dirigente do tricolor gaúcho. “Suplico, mesmo, para que todos os clubes brasileiros façam agora um pacto de honra para aceitar as decisões da Justiça Desportiva, assumindo também o compromisso solene de não utilizar qualquer medida que eventualmente possa lhe beneficiar por iniciativa de torcedores”, finalizou Koff.

Mesmo com os desdobramentos do caso Heverton, um representante da Portuguesa esteve presente na reunião. Depois do encontro, a CBF divulgou a tabela da Série A do Campeonato Brasileiro de 2014 com o Fluminense e sem o clube do Canindé.