Disparidade: 82% dos jogadores brasileiros recebem menos de R$1000
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A distribuição de renda no futebol brasileiro é um dos principais pontos criticados por aqueles que pedem mudanças na estrutura do esporte no país, e um estudo da Confederação Brasileira de Futebol confirmou a disparidade econômica que separa atletas da elite de jogadores secundários no Brasil.
Divulgado nesta terça-feira (23), o Relatório DRT 2015 levantou números que ajudam a entender a realidade do esporte bretão no país. De acordo com os dados, impressionantes 82,40% dos jogadores de futebol do país receberam até R$ 1000 de salário na temporada 2015.
O estudo da CBF se refere aos valores registrados nos contratos de trabalho dos atletas com os clubes no ano de 2015, e mostra que apenas 1,77% dos jogadores profissionais do país receberam salário entre R$10 mil e R$ 50 mil. Pagamentos acima dos R$ 50 mil foram privilégios de menos de 1% dos atletas profissionais do futebol brasileiro.
A disparidade fica ainda mais evidente quando observamos os dois extremos da realidade do futebol tupiniquim. Enquanto 23.238 jogadores dos 28.203 atletas profissionais do país receberam menos de R$ 1000 por mês, apenas um único jogador recebeu salário acima dos R$ 500 mil. O felizardo foi Alexandre Pato, que em 2015 atuou pelo São Paulo, que dividiu os salários do atacante com o Corinthians. Hoje no Chelsea, Pato representou 0,001% dos jogadores brasileiros.
SALÁRIOS DOS JOGADORES
ATÉ R$ 1.000,00 23.238 82,40%
R$ 1.000,01 ATÉ R$ 5.000,00 3.859 13,68%
R$ 5.000,01 ATÉ R$ 10.000,00 381 1,35%
R$ 10.000,01 ATÉ R$ 50.000,00 499 1,77%
R$ 50.000,01 ATÉ R$ 100.000,00 112 0,40%
R$ 100.000,01 ATÉ R$ 200.000,00 78 0,28%
R$ 200.000,01 ATÉ R$ 500.000,00 35 0,12%
ACIMA DE R$ 500.000,01 1 0,00%
TOTAL 28.203
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