Doda Miranda defende revisão de regra após eliminação de brasileiro
O brasileiro Álvaro de Miranda Neto, o Doda, criticou nesta sexta-feira a rigidez da regra que eliminou o companheiro de equipe Stephan Barcha durante a semana, após ser constatado um ferimento com sangue no cavalo LandPeter do Feroleto, desclassificação que dificultou as chances de medalhas do Brasil no hipismo.
“É um trabalho de quatro anos que a gente perde por uma desclassificação desnecessária. Acho que tem que ter a preocupação de proteger os cavalos, mas não pode ser desse jeito, eliminando com uma gota de sangue. Tem que ter uma comissão para analisar e ver se o cavalo está sofrendo ou não”, comentou.
Os brasileiros tiveram que disputar a final por equipes na quarta-feira apenas com Doda Miranda, Eduardo Menezes e Pedro Veniss, sem direito ao corte da menor nota devido à desclassificação de Stephan. Ao término da prova, o Brasil ficou na quinta posição.
“Acho que a equipe fez um preparo muito bom. O que quebrou a gente foi a desclassificação do Stephan. A gente não pode reclamar da regra, mas hoje você não enxerga onde aconteceu o ferimento, a regra é severa para proteger os cavalos”, analisou.
Doda voltou ao Centro Olímpico de Hipismo nesta sexta-feira para disputar a final individual de saltos, na qual terminou em nono lugar. Pedro Veniss foi o segundo melhor brasileiro na prova, com a 16º posição, e Eduardo Menezes foi eliminado ainda na primeira volta, ao não se manter entre os 20 melhores colocados, terminando em 28º. Apesar de se despedir dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro sem medalhas, Doda Miranda considerou positivo o desempenho pessoal apresentado na competição.
“Gostei muito da participação do meu cavalo. Montando ele há somente seis meses em competições, o conjunto que a gente apresentou foi bastante harmônico e ele saltou muito bem. Mas é claro que fica o gosto de ter saído com uma medalha, o que tínhamos condições de conseguir por equipes e no individual. Vamos trabalhar para as próximas Olimpíadas”, disse o cavaleiro.
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