Dois anos do 7 a 1: sete motivos que nunca nos farão esquecer deste jogo

  • Por Jovem Pan
  • 07/07/2016 16h16
Vipcomm No dia 8 de julho de 2014

Oito de julho de 2014 ficará marcado para sempre na vida dos torcedores brasileiros e pelos amantes do futebol como um todo. Há dois anos a Seleção Brasileira protagonizou o maior vexame da sua história ao perder de 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo em casa. Para relembrar esse dia histórico, a Jovem Pan Online preparou uma lista com sete motivos pelo qual não esqueceremos aquela goleada sofrida no Mineirão.

1. Porque foram muitos gols

Perder uma Copa do Mundo é algo relativamente normal. o Brasil esteve em todas as 20 Copas e ganhamos 5. A Alemanha esteve em 18 e só foi ganhar sua 4ª taça em 2014. Isso mostra o quanto o maior torneio de futebol do mundo é equilibrado. O que não é equilibrado foi o tanto de gols que a Seleção tomou naquela semifinal. Até então a maior goleada aplicada numa Copa do Mundo foi um 10 a 1 da Hungria em cima de El Salvador em 1982 e foi num jogo de primeira fase, além de El Salvador não ser uma seleção tradicional e forte em Copas. A própria Alemanha já aplicou outra goleada impressionante em 2002, quando fez oito gols em cima da Arábia Saudita, também na fase de grupos. Ainda assim, tomar sete gols faltando um jogo para a final é algo impressionante. Antes disso, a maior goleada em semifinal foram dois 6 a 1 aplicados por Uruguai e Argentina na primeira edição da Copa, em 1930.

2. Porque foi em casa

A última vez que o Brasil foi palco de uma Copa do Mundo foi em 1950 e perdemos a final para o Uruguai 2 a 1. Ir bem na nossa segunda oportunidade de receber o torneio era quase que uma obrigação para apagar o fantasma do “Maracanazo”. Não dava para prever que o trauma seria tão pior dessa vez: o Brasil conseguiu o feito de levar a maior goleada de um país sede na história das Copas.

3. Porque (talvez) nunca vingaremos esse resultado

O Brasil até conseguiu “vingar” o 7 a 1 em cima da seleção haitiana na última edição da Copa América, mas não é a mesma coisa. As chances de o Brasil conseguir aplicar uma goleada igual na Alemanha é tão remota quanto a da Alemanha repetir o feito. Ambos as seleções já se encontraram em 22 oportunidades com uma ampla vantagem brasileira: 12 vitórias ao nosso favor. Mesmo sofrendo sete, a vantagem de gols também é brasileira, com 40 gols contra 31 da Alemanha. Desde então, o maior goleada do confronto foi um 4 a 0 para o Brasil na Copa das Confederações de 1999, mas, fora esse resultado, há um grande equilíbrio nos resultados do confronto, prevalecendo uma diferença de 1 ou 2 gols, como os que foram marcados por Ronaldo na final da Copa do Mundo de 2002, o único confronto entre os dois países em Copas desde então.

4. Porque eles ainda poderiam ter feito mais

Ao fim do primeiro tempo a partida no Mineirão já estava 5 a 0 para a Alemanha, sendo que quatro deles foram marcados num intervalo de 6 minutos, num momento popularizado por Felipão como “apagão”. Os dois outros gols do segundo tempo foram marcados por Schürlle, que entrou no segundo tempo do jogo. Isso mostra que a Alemanha claramente respeitou seu adversário e não quis marcar mais gols. Ao fim do primeiro gol a seleção alemã já tinha feito 10 finalizações, enquanto na etapa complementar foram feitos apenas quatro.

5. Porque eles mereciam vencer

A Alemanha fez um planejamento invejável para chegar ao título de 2014. Desde a derrota para o Brasil em 2002, o futebol alemão se organizou para vencer uma Copa do Mundo novamente, feito que não alcançava desde 1990. Pautados numa ideia de formar bons jogadores desde a infância, manter a mesma filosofia de jogo e fortalecer seu campeonato nacional. Soma-se a isso o planejamento feito exclusivamente para a Copa no Brasil. Ao invés de se abrigar nos CTs dos nossos clubes, a Alemanha optou por construir seu próprio CT, na Bahia. Enquanto o Brasil treinava na fria Granja Comary, na região serrana do Rio, os alemães optaram por treinar em Santa Cruz Cabrália, já conhecendo o calor que enfrentaria nas partidas disputadas às 13h em Salvador, Recife e Rio de Janeiro. O time também soube ganhar o carisma dos brasileiros, seja por incorporar as cores do time mais popular do país no seu uniforme quanto pela simpatia dos próprios jogadores, como Lucas Podolski.

6. Porque abriu nossos olhos

A visão de que o Brasil tem uma seleção capaz de bater de frente com qualquer outra seleção do mundo acabou após o 7 a 1 e até quem costumava defender a Amarelinha passou a criticar os problemas da CBF. Toda a ideia de formulação prometida após a eliminação não aconteceu por parte de quem comanda nosso futebol e o Brasil ainda passou por mais vexames nos anos que se seguiram. As duas eliminações na Copa América e o 6º lugar nas Eliminatórias para a Copa de 2018 mostram ao torcedor que o até o futebol sul-americano, onde o Brasil reinava absoluto, conseguiu se fortalecer enquanto o nosso não. Até o ranking da Fifa, apesar de contestável, mostra o quanto nossa Seleção não é mais dominante. A última vez que lideramos o ranking foi em 2006, sendo que hoje ocupamos a sétima posição atrás de times como Bélgica e Espanha e de três “vizinhos”: Argentina, Chile e Colômbia.

7. Porque os memes são ótimos

Apesar de num primeiro momento muitos torcedores tenham ficados enfurecidos com a atuação naquela semifinal, a internet confortou a dor com as inúmeras piadas a respeito do jogo. Até hoje as bombam nas redes sociais memes relacionados à partida e no aniversário de dois anos da goleada não poderia ser diferente. Logo pela manhã a tag #7x1Day já era o assunto mais comentado no Twitter no Brasil e piadas a respeito do jogo “comemoravam” a data.

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