Dorival remói críticas por fracasso de 2015: “se não poupo, sou ganancioso”

  • Por Jovem Pan
  • 03/03/2016 17h57
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"Eu não abri mão do Campeonato Brasileiro" Ricardo Saibun/Santos/Divulgação Eu não abri mão do Campeonato Brasileiro

Dorival Júnior chegou ao Santos no segundo semestre do ano passado e, apesar de ter resgatado o bom futebol do time, terminou a temporada tendo de lidar com algumas críticas. Tudo porque supostamente “desistiu” de conquistar uma vaga à Libertadores via G-4 do Campeonato Brasileiro para apostar tudo na final da Copa do Brasil. 

Três meses se passaram desde que 2015 acabou, mas o treinador do Santos ainda não se esqueceu destas críticas. Em entrevista exclusiva a Fausto Favara e Vampeta para o Plantão de Domingo, da Rádio Jovem Pan, Dorival se explicou.  

“Cada treinador tem um pensamento, uma maneira de encarar cada situação. Só fiz rodízio nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro do ano passado, porque não tínhamos mais de onde tirar dos jogadores“, afirmou, lembrando que, depois da segunda final contra o Palmeiras, o Santos teve quatro desfalques para a última rodada da Série A. 

Mas Dorival foi de fato criticado por ter poupado titulares contra o Coritiba, fora de casa, três dias antes da primeira partida da decisão da Copa do Brasil, e também por ter escalado reservas contra o Vasco, entre as duas finais. O Santos, que estava consolidado no G-4, perdeu os dois confrontos, caiu pelas tabelas e deixou a Copa do Brasil praticamente como única frente de classificação à Libertadores. Consequência? Com a derrota para o Palmeiras, passou de time com duas vias rumo ao torneio continental a uma equipe que encerrou o ano sem a vaga. 

O Santos jogou muitas partidas no ano passado, e eu procurei escalar os titulares em todas. Só fui tirar quando os próprios jogadores também vieram me falar que não estavam mais suportando o ritmo das partidas“, revelou Dorival. Foi o caso da reta final do Brasileiro. “Jogamos uma partida dificílima contra o Flamengo numa quinta-feira, com o campo muito pesado, e tínhamos outra contra o Coritiba, no fim de semana, que também estava com o gramado encharcado. Os próprios jogadores fizeram esse pedido, para poderem se recuperar“, contou o treinador.  

Eu não abri mão do Brasileiro. Fizemos um grande jogo contra o Coritiba, mesmo com os reservas. Não ganhamos, mas tivemos uma bela atuação”, avaliou, antes de decretar: “se eu fizesse o contrário e não tivesse poupado os titulares, iriam dizer que eu havia sido ganancioso. Mas ainda bem que tomo todas as decisões em conjunto. Senão, por que existiriam fisiologia, departamento médico e preparação física?”. 

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