Dunga analisa emocional do Brasil: “Pressão era o que havia em 94”

  • Por Jovem Pan
  • 03/07/2014 12h32
PORTO ALEGRE, RS - 26.04.2014: TOUR DA TAÇA DA COPA DO MUNDO/DUNGA/RS - O ex-capitão da seleção, Dunga, durante evento de abertura da Tour da Taça da Copa do Mundo, que ficará exposta para visitação no Barra Shopping Sul, em Porto Alegre, até as 21h do domingo (27). (Foto: (Foto: Pedro H. Tesch/Brazil Photo Press/Folhapress) Folhapress Capitão do tetra

Maior vencedor da história da Copa do Mundo, com cinco títulos, o Brasil ficou sem conquistar o troféu da competição esportiva mais importante do planeta durante 24 anos (1970-1994). Capitão da equipe que encerrou o jejum, o ex-volante Dunga relembrou a pressão existente naquele grupo e descartou que a exigência emocional com o atual elenco seja maior.

“Sinceramente, acredito que não seja esse o caso. Olhe para os jornais brasileiros da época, depois de 24 anos sem ganharmos um Mundial. As crônicas antes dos pênaltis da final já diziam que havíamos perdido outra Copa. Isso sim que era pressão. O que existe agora não é nada, não vejo pressão. Todos estão animados, apenas depois do duelo com o Chile que surgiram algumas criticas”, afirmou o ex-atleta em entrevista ao jornal espanhol Marca.

Tido na época como um dos responsáveis diretos pelo insucesso brasileiro na Copa de 1990, quando o Brasil sucumbiu diante da Argentina nas oitavas de final, Dunga deu a volta por cima e foi peça essencial na conquista de 1994. Sem o zagueiro Ricardo Gomes (lesionado) e o meio-campista Raí (tirado do time titular), coube ao então volante a incumbência de ser capitão do grupo comandado pelo treinador Carlos Alberto Parreira.

Capitão também no revés na final contra França, em 1998, Dunga ainda foi treinador da Seleção na Copa de 2010, na África do Sul. Na ocasião, o time verde-amarelo foi eliminado nas quartas de final, sucumbindo por 2 a 1 diante da França. Além das criticas pelo fracasso, o técnico foi questionado também por não incluir jovens promissores, como Neymar e Paulo Henrique Ganso, entre os convocados.

“Neymar é muito importante para o Brasil. Ele está muito focado, jogando bem e fazendo gols. Para mim, o mais importante neste momento é que tenha tomado gosto por fazer gols. Isso é muito importante para um atleta de seu nível. Não basta apenas ter boas atuações e criar, e sim acabar seus lances com gol. Isso faz a diferença”, completou o treinador, analisando o atacante que soma quatro gols no torneio.

Após empatar por 1 a 1 com Chile no tempo regulamentar e na prorrogação, a Seleção garantiu vaga nas quartas de final com vitória por 3 a 2 nos pênaltis. Nesta sexta-feira, tenta dar mais um passo na competição diante da Colômbia, às 17 horas (de Brasília), no Castelão, em Fortaleza.

“O Brasil está ganhando e está nas quartas de final. Isso é o mais importante. Entretanto, é verdade que tem mostrado desempenho irregular e que não está no nível que conhecemos. Enquanto avançarmos, está bem, pois há tempo para evoluir”, encerrou.

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