Duro Século 21. Ídolos recentes mostram dificuldades do Palmeiras

  • Por Jovem Pan
  • 25/08/2014 17h08
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SOROCABA (SP), 26.01.2014 - ATLÉTICO SOROCABA X PALMEIRAS: Valdivia comemora seul gol durante partida entre Atlético Sorocaba x Palmeiras, válida pelo Campeonato Paulista, no estádio Walter Ribeiro. Foto: Piervi Fonseca/AGIF/Folhapress Folhapress Valdívia comemora gol de empate do Palmeiras na goleada contra o Atl. de Sorocaba

Considerado o maior campeão do século XX, o Palmeiras vem sofrendo no século XXI. Mais do que a escassez de títulos nos últimos anos, a falta de ídolos da torcida mostra as dificuldades palmeirenses nos Anos 2000. Apesar de muitos candidatos, poucos jogadores são lembrados com carinho pela torcida palmeirense, com a maioria marcada por brigas com a diretoria ou torcida, além de títulos perdidos. Relembre alguns.

Marcos
Marcos é um dos poucos ídolos da nova geração que não ficou marcado negativamente no Palmeiras. Apesar de ter como o seu maior momento a Libertadores de 1999, o goleiro jogou no clube até 2010, quando se aposentou. Apesar das inúmeras lesões durante a década, Marcos nunca perdeu a idolatria dos torcedores, tendo ainda grandes momentos na Libertadores de 2000, na Série B de 2003, quando foi eleito o melhor jogador, e no título do Campeonato Paulista de 2008, quando o seu discurso para os jogadores ficou como símbolo do fim da fila. A última grande partida do arqueiro foi na Libertadores de 20009, quando fechou o gol nas oitavas de final contra o Sport.

Alex
Alex foi outro que teve os seus maiores momentos no final dos Anos 90, mas as suas exibições entre 2001 e 2002 ainda deixam saudades na torcida. Destaque para o show contra o São Paulo no Rio-São Paulo de 2002, quando Alex marcou um dos gols mais bonitos da história do clube ao chapelar dois marcadores, mais o goleiro Rogério Ceni.

Vagner Love
Vagner Love foi a grande esperança da torcida para voltar a ver dias felizes. Revelado pelo clube, o jogador foi o artilheiro da Série B em 2003 e vinha em grande fase no Campeonato Brasileiro de 2004 antes de ser vendido. A saída abrupta fez com que o jogador virasse uma espécie de “Dom Sebastião” alviverde, alguém que poderia voltar a qualquer momento para tirar o clube da fila. A volta o correu em 2009, quando a equipe brigava pelo título do Campeonato Brasileiro, mas as atuações ruins, somadas ao time nem vaga para a Libertadores conseguir e uma saída repentina após uma briga com os torcedores, fizaram Vagner perdem o seu prestígio no Palmeiras.

Magrão
Mais conhecido pelas pancadas distribuídas do que pelo bom futebol em sua primeira passagem, Magrão foi emprestado em 2002. De volta para a Série B, o volante parecia um novo jogador, misturando o vigor de sempre com técnica. Sendo quase um torcedor em campo até 2005, Magrão foi um dos jogadores mais queridos pela torcida, mas perdeu prestígio após ser contratado pelo Corinthians em 2006, e mostrar o mesmo lado torcedor com a camisa do maior rival. 

Valdivia
Contratado em 2007, Valdivia foi o símbolo de técnica no Palmeiras entre 2007 e 2008. Vendido para os Emirados Árabes, o jogador voltou para o Palmeiras em 2010, mas não conseguiu ainda repetir as boas atuações no clube. Marcado em sua segunda passagem mais pelas polêmicas e lesões do que boas partidas, o chileno chegou a ser vendido pelo Palmeiras, mas voltou ao clube após a negociação não dar certo.

Kleber
O atacante Kleber foi outro candidato a ser ídolo da torcida após o título do Campeonato Paulista em 2008. Unindo técnica com raça, o jogador conquistou o carinho do torcedor atpe sair do clube no final daquele ano. Outro a retornar em 2010, Kleber ficou mais famoso em sua segunda passagem pelas brigas com o técnico Luis Felipe Scolari do que por gols, sendo vendido ao Grêmio em 2011.

Diego Souza
Grande contratação da parceira firmada do clube com a Traffic em 2008, Diego Souza virou referência da equipe após a saída de Valdivia. Aliando força com qualidade ´tecnica, o meia foi o principal jogador palmeirense no Campeonato Brasileiro de 2008 e na Libertadores de 2009, mas sofreu com a queda da equipe na reta final do Brasileiro de 2009. O jogador acabou se desentendendo com a torcida em 2010, foi afastado do elenco e posteriormente vendido ao Atlético-MG.

Pedrinho
Em uma época em que talento era uma raridade no Palmeiras, Pedrinho era esperança de bom futebol, quando jogava. Querido pela torcida pela boa qualidade técnica, o meia jogou apenas 91 jogos em quase quatro anos, reflexo das inúmeras lesões sofridas nesse período.

Cleiton Xavier
Quando o Palmeiras montou a equipe para disputar a Libertadores de 2009, a contratação de Cleiton Xavier não foi muito comemorada, mas no final o armador se tornou o melhor jogador do clube naquela temporada. Autor do gol que classificou a equipe para as oitavas de final da Libertadores no último minuto, contra o Colo Colo, Cleiton Xavier ainda foi o grande líder da boa campanha palmeirense no Campeonato Brasileiro, sendo até chamado para a Seleção Brasileira, mas a sua queda de produção foi um dos grandes motivos para o clube sair de favorito ao título naquele ano para nem Libertadores conseguir. O jogador se transferiu para a Ucrânia na temporada seguinte.

Pierre
Contratado do Paraná junto com o técnico Caio Júnior em 2007, Pierre foi símbolo de raça no meio-campo do Palmeiras. Grande marcador, apesar de sua estatura baixa, o volante foi titular absoluto entre 2007 e 2009. Infelizmente uma grave lesão o tirou dos gramados em 2009, justamente quando vivia a sua melhor fase. Pierre ainda perdeu espaço no elenco com a chegada de Felipão em 2010, sendo negociado para o Atlético-MG em 2011, onde se consagraria campeão da Libertadores em 2013.

Henrique
Grande líder da zaga durante o título paulista de 2008, Henrique talvez tenha sido o melhor zagueiro a jogar no clube na última décadas. De volta ao Palmeiras em 2011, o zagueiro se tornou o símbolo da raça no título da Copa do Brasil em 2012, quando jogou de volante, mas não conseguiu evitar o rebaixamento do time no mesmo ano. Capitão durante a Série B de 2013, o defensor foi vendido no início de 2014, após briga com a diretoria.

Alan Kardec
Alan Kardec chegou ao Palmeiras na metade de 2013 para resolver o grave problema que a equipe sofria no ataque. O jogador retribuiu a confiança, sendo o artilheiro do time na Série B e no início de 2014. Porém, o centroavante entrou em choque com a diretoria na hora de renovar o seu contrato, e acabou sendo contratado pelo rival São Paulo.

Marcos Assunção
Entre 2010 e 2012, todos sabiam quem era o cobrador de faltas do Palmeiras. Em uma fase que o clube sofria com a qualidade técnica, as cobranças do volante Marcos Assunção eram a principal arma do Palmeiras. Foi assim que o clube conseguiu conquistar a Copa do Brasil de 2012, com o gol do título de Betinho sair após uma cobrança de falta do jogador. Mesmo assim, a falta de condições físicas e movimentação em campo do jogador mostravam as dificuldades da equipe, que acabou rebaixada para a série B em 2012. Assunção não teve o seu contrato renovado.

 

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