Duro, Zé Roberto divide responsabilidade de Oswaldo e critica “jogos ridículos”

  • Por Jovem Pan
  • 11/06/2015 18h18
SÃO PAULO, SP - 11.06.2015: TREINO DO PALMEIRAS - O jogador Zé Roberto, da SE Palmeiras, concede entrevista coletiva antes do treinamento na Academia de Futebol, no bairro da Barra Funda. (Foto: Cesar Greco / Fotoarena) Cesar Greco/Agência Palmeiras/Divulgação Para Zé Roberto

Com sinceridade, o meia e lateral Zé Roberto não poupou palavras para analisar a situação do Palmeiras em entrevista coletiva nesta quinta-feira (11). Sem se esquivar de temas difíceis, o veterano dividiu a responsabilidade da demissão de Oswaldo de Oliveira com o time alviverde e criticou a irregularidade no desempenho da equipe no Brasileirão.

“Fizemos grandes jogos, mas fizemos jogos ridículos, e esta cobrança tem que existir todos os dias aqui, porque nossa busca é para subir na tabela, vão ser os três próximos jogos”, disparou Zé Roberto, que defendeu o ex-treinador das cobranças. “Mesmo antes do clássico, quando a cobrança já existia, tem de ser dividida. E muitas vezes o Oswaldo puxou para ele, coisa que eu acredito que a responsabilidade tinha de ser dividida entre todos”.

O meia encarou com normalidade as críticas de Oswaldo de Oliveira a Cleiton Xavier por deficiência na marcação contra o Figueirense. “É uma questão que muitas vezes o jogador não quer ouvir o que precisa ouvir, para melhorar e não repetir o que fez no jogo. Aqui no Brasil não é muito normal, mas na Europa a maioria dos treinadores coloca o vídeo dentro do vestiário, e ele faz isto para mostrar as coisas boas que os jogadores boas e ruins”, afirmou.

Entretanto, Zé Roberto também fez elogios ao time, especialmente à dupla de volantes formada por Gabriel e Arouca. “Eles dão um equilíbrio muito bom para a equipe e têm capacidade de chegar à frente. Temos volantes modernos, no sentido de que é difícil ver um brucutu”, analisou. “Barcelona joga com três volantes, mas todos chegam para fazer gols. Jogo passado, entramos com uma formação 4-3-3. O Gabriel era o primeiro volante, com a contenção minha na esquerda, e do Arouca na direita. Mas o Gabriel saiu e bateu de fora da área para fazer o gol. Volantes como eles, qualquer time precisa ter”, complementou.

Por fim, o jogador de 40 anos falou sobre seu futuro no futebol. “Eu quero jogar até quando meu corpo disser que já deu. Não sei quando vou parar, porque enquanto meu corpo não disser o contrário, vou continuar fazendo o que gosto. Mas não tenho nenhuma pretensão de ser treinador e até de seguir no futebol”, garantiu o meia e lateral.

Sob o comando de Alberto Valentim e esperando a confirmação da contratação de Marcelo Oliveira como novo treinador, o Palmeiras tentará se recuperar no Campeonato Brasileiro no próximo fim de semana. O adversário será o Fluminense, domingo, no Allianz Parque.

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