E o vexame? Brasil trucida pessimismo e segue onipresente em Copas
Deu a lógica: Seleção Brasileira se classificou para a 21ª Copa do Mundo da história
Deu a lógica: Seleção Brasileira se classificou para a 21ª Copa do Mundo da históriaMaior campeã de todos os tempos, a Seleção Brasileira se classificou para mais uma edição de Copa do Mundo. Embora relevante, o fato, por si só, não surpreende – pelo contrário: com a vaga para a Rússia-2018, o Brasil se manteve como único país a disputar todos os Mundiais da história.
O desempenho perfeito com Tite transmite a ideia de facilidade, mas a classificação brasileira à 21ª Copa não foi tão simples quanto a tabela das Eliminatórias pode sugerir.
Uma série de fatores chegou a colocar em xeque a possibilidade de a Seleção participar do maior torneio do planeta. Um pessimismo generalizado, alimentado pelo mau despenho do selecionado nacional, fez boa parte da população brasileira sustentar a tese de que, pela primeira vez na história, o time pentacampeão mundial não disputaria uma Copa.
Tudo começou no fatídico 8 de julho de 2014. O 7 a 1 da Alemanha em pleno Mineirão provocou crise instantânea no futebol brasileiro e distribuiu pontos de interrogação pelo futuro da Seleção. Seria possível se reerguer até o próximo Mundial? Quanto tempo custaria a renovação?
Os primeiros passos pós-7 a 1 só multiplicaram as dúvidas. Demitido em 2010, Dunga voltou a assumir a Seleção e, apesar do desempenho irretocável em amistosos, acumulou vexames em torneios oficiais: foi eliminado pelo Paraguai nas quartas de final da Copa América e sequer conseguiu passar por um grupo com Equador, Haiti e Peru na Copa América Centenário.
Para piorar, o início nas Eliminatórias não foi dos melhores. Nos primeiros seis jogos, o Brasil perdeu para o Chile e empatou com Argentina, Uruguai e Paraguai. Vitórias? Só diante dos frágeis Peru e Venezuela, dentro de casa. A sexta colocação após um terço da competição só fortalecia a tese de que a Seleção não viajaria para a Rússia em 2018.
Rivellino chegou a dizer que “seria bom” para o Brasil não se classificar à Copa. Vampeta, por sua vez, ousou arriscar que o vexame se consumaria neste ciclo. Já Ronaldo admitiu dúvidas quanto à possibilidade de vaga à 2018.
O próprio Dunga adotava discurso reticente...
Mas a Seleção se acertou depois da chegada de Tite, embalou nas Eliminatórias e manteve a condição de único onipresente em Copas. O pessimismo foi chutado para longe, e, assim como acontece desde 1930, o Brasil vai participar do maior torneio de futebol do planeta.
Que se faça justiça: mesmo na fase ruim, Carlos Alberto Parreira sequer cogitou a possibilidade de o Brasil não disputar o Mundial. Se, na época, o discurso soava arrogante, nesta quarta-feira, não passa de uma improvável previsão.
A Rússia é realidade.
O hexa? Um sonho que pode ser realizado já no ano que vem.
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