Edmundo, o animal dentro e fora do campo, faz aniversário; relembre confusões

  • Por Jovem Pan
  • 01/04/2015 18h59
Montagem sobre Folhapress/Reprodução/Instagram As muitas faces de Edmundo

Nesta quinta-feira (02), Edmundo completa 44 anos de vida. Ídolo de Palmeiras e Vasco, o atacante se destacou pelos seus gols e raça dentro de campo e pelas confusões dentro e fora dele. A qualidade de seu futebol era proporcional a seu temperamento explosivo, que o fazia encarar cada jogo como uma guerra, e sua habilidade também para provocar e enfurecer os adversários.

Revelado pelo Vasco, o Animal chegou ao Palmeiras em 1993 e participou da conquista do Paulistão que tirou o clube da fila de títulos. Junto com Evair, formou uma das mais celebradas duplas de ataque do Verdão. Em sua primeira passagem pelo Parque Antártica, também conquistou dois títulos brasileiros, outro Paulista e um Torneio Rio-São Paulo.

No Vasco da Gama, seu time de coração, conquistou um Campeonato Carioca e um Brasileiro. É ídolo tanto quanto no Palmeiras, apesar de ter jogado em grandes rivais dos dois clubes – Corinthians, Santos e Flamengo.

Entretanto, a carreira de Edmundo foi muito conturbada. Sempre envolvido em confusões durante as partidas, declarações infelizes e tragédias na vida pessoal. O atacante é um personagem complexo: apesar de ser retratado como boa pessoa e ter sido um craque indiscutível, seu lado extremamente passional é uma das marcas de sua carreira. Relembre algumas confusões em que se envolveu.

Romário, o príncipe; Edmundo, o bobo da corte?

No ano 2000, o Vasco tinha Edmundo e Romário no ataque. Os dois eram amigos nos tempos de Flamengo, mas não fizeram sucesso. Já no Cruz-Maltino, desafetos assumidos, eram responsáveis pela maioria dos gols da equipe. O momento mais tenso foi quando Edmundo quis bater um pênalti sofrido pelo colega, e não foi atendido. O Animal então chamou o Baixinho de “príncipe”, protegido pelo “rei” Eurico Miranda. Romário respondeu dizendo que Edmundo era o bobo da corte.

O trágico acidente de carro

Edmundo gostava da vida boêmia em seus tempos de jogador. O problema foi quando isso resultou em tragédia. Em dezembro de 1995, ele causou um acidente na Zona Sul do Rio de Janeiro que terminou na morte de três pessoas. Na época, foi condenado a 4 anos e meio de prisão, mas conseguiu responder ao julgamento em liberdade e recorreu da decisão por vários anos. Em 2011, chegou a ser preso ao ter um pedido negado pela Justiça, mas ficou preso por poucos dias.

Edmundo chama árbitro de “paraíba”

O Vasco enfrentava o América, em Natal, Rio Grande do Norte, e Edmundo foi expulso pelo árbitro Francisco Dacildo Mourão com dois cartões amarelos. Ao sair de campo, o Animal fez uma de suas declarações mais infelizes ao justificar a expulsão pelo árbitro, cearense, ser “paraíba”. Após o fim do jogo, tentou se explicar dizendo que sua crítica se referia ao juiz ser nordestino num jogo de um time também nordestino.

O episódio da cerveja para o chimpanzé

Durante a festa de aniversário de seu filho em 1999, Edmundo, então jogador do Vasco, foi filmado dando uma bebida, supostamente cerveja e uísque, para um chimpanzé – o tema da festa era um circo. A atitude gerou críticas, e o atacante respondeu dizendo que se tratava de refrigerante, e não bebida alcoólica que dera para o animal beber.

A rebolada em pleno clássico diante do Botafogo

A ousadia de Edmundo era tanta que, durante partida contra o Botafogo, pelo Campeonato Carioca de 1997, ele chegou a rebolar na frente dos marcadores. Os adversários, é claro, não gostaram nada disso.

Edmundo brigando no “clássico da paz”

Para fechar, um grande exemplo da personalidade excessivamente competitiva do Animal dentro de campo. A partida contra o São Paulo, em 1994, era chamada de “clássico da paz”, mas ele não levou a alcunha muito a sério. Edmundo foi um dos causadores de uma briga generalizada em campo.

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