Ele já foi o maior carrasco do Corinthians. Hoje, tem uma escuna e é guia no RJ

  • Por Jovem Pan
  • 06/09/2016 17h00

Artilheiro do Santos nos anos 1990 Facebook/Reprodução Artilheiro do Santos nos anos 1990

Quando Santos e Corinthians entrarem em campo para se enfrentar neste domingo, às 16h (de Brasília), na Vila Belmiro, o coração de um dos inúmeros guias turísticos do Rio de Janeiro ganhará doces recordações. Hoje longe do esporte que lhe deu tudo na vida, Guga foi um dos maiores personagens da principal rivalidade alvinegra do estado de São Paulo. 

Foram 78 gols do hoje ex-atacante de 52 anos em três temporadas no clube de Vila Belmiro. Nove deles contra o Corinthians – sendo seis em apenas dois jogos: Guga fez hat-tricks contra o maior rival santista no Paulista de 1992 e no Estadual de 1994. Tamanho sucesso lhe rendeu o apelido de “carrasco” do time de Parque São Jorge nos anos 1990. 

“Eu levava muita sorte nos clássicos contra o Corinthians. Todas as vezes em que jogava contra eles, eu conseguia fazer gols. Fiz até um de bicicleta em 1992, numa das duas vezes em que marquei três gols diante do Corinthians. Graças a Deus, eu me dava muito bem contra eles”, celebrou, em entrevista exclusiva a José Manoel de Barros que vai ao ar no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan.

 

Em quase 15 anos de carreira, Guga passou por mais de dez clubes brasileiros e só saiu do País para atuar em centros alternativos do futebol mundial, como Arábia Saudita e Japão. Se jogasse hoje em dia, contudo, o ex-atacante garante que a história seria diferente – ele foi o artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1993.

“Eu com certeza estaria na Europa, e não aqui“, apostou. “Naquela época, era mais difícil. Tinha grandes jogadores e, mesmo assim, eu conseguia fazer muitos gols. Hoje, na minha opinião, o futebol está muito mais fácil de ser jogado. Se eu estivesse jogando atualmente, estaria rico e na Europa“, acrescentou, com o bom humor que lhe é peculiar.

Depois que se aposentou, em 2001, Guga não continuou no futebol. Muito pelo contrário: arriscou-se em áreas que pouco têm a ver com o esporte mais popular do planeta. Primeiro, abriu duas casas lotéricas. Depois, decidiu se aventurar no mundo do turismo – em função que exerce até agora.

Eu tive duas casas lotéricas. Deu certo, mas a violência no Rio de Janeiro é muito grande. Sofri alguns assaltos e resolvi partir para outra áreacontouAtualmente, eu sou dono de uma empresa de turismo em Ilha Grande. Tenho uma escuna e faço passeios pelo Rio de Janeiro durante o verão“, encerrou, ciente de que, se não fosse o clássico Santos x Corinthians, certamente não estaria assim, tão de bem com a vida.

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