Eleições para presidência da Fifa serão realizadas com voto secreto em urna
Zurique, 29 mai (EFE).- O Congresso que a Fifa realiza nesta sexta-feira em Zurique aprovou o sistema de voto eletrônico para as várias decisões que serão tomadas ao longo do evento, com exceção do pleito presidencial, que será feito de forma tradicional: voto secreto e depositado em uma urna.
Essa fórmula é a esperança para alguns opositores do atual presidente e candidato à reeleição, Joseph Blatter. Eles esperam que países que manifestaram apoio público ao suíço voltem atrás, protegidos pelo sigilo das eleições, especialmente após o escândalo de corrupção revelado na última quarta-feira.
Representantes das 209 associações da Fifa estão presentes no Congresso e todos têm direito a voto. Para vencer em primeiro turno, o candidato precisa receber o apoio de dois terços dos delegados (139 votos). Caso isso não ocorra, é realizada uma segunda votação, na qual os concorrentes necessitam de maioria simples para vencer o pleito (105 votos).
A confederação com o maior número de votos é a da África (54), seguida pela Uefa, com 53. Na sequência estão Ásia (46), Concacaf (35), Oceania (11) e Conmebol (10).
Espera-se que, com exceções, a Uefa vote em bloco no príncipe jordaniano Ali bin al Hussein. O único adversário de Blatter também deve receber o respaldo de alguns membros da Concacaf. Os demais países prometeram, publicamente ou não, o apoio a Blatter.
Apesar dos graves escândalos de corrupção que mancharam ainda mais a imagem da Fifa nos últimos dias, o atual presidente da entidade entra na eleição como amplo favorito.
Como candidato-presidente, Blatter teve a chance de se dirigir aos representantes responsáveis por escolher o novo mandatário da Fifa três vez nos últimos dias. O último discurso será realizado pouco antes da votação.
Por outro lado, Al Hussein só terá uma oportunidade para pedir o apoio dos delegados, de apenas 15 minutos, antes do pleito. EFE
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