Em campo desconhecido, US Open vira “duelo” entre golfistas e diretor da USGA

  • Por Agencia EFE
  • 17/06/2015 17h25

Juan Luis Guillén.

Chamber Bay (EUA), 17 jun (EFE).- Mike Davis nunca jogou golfe profissionalmente, e não se sabe qual é seu nível neste esporte, mas é o diretor-executivo da Associação de Golfe dos Estados Unidos (USGA) e tem o poder de alterar as condições do complicado percurso de Chambers Bay, que recebe nesta semana a 115ª edição do US Open.

“Vai ser interessante ver que opções Mike tem e como as usará”, disse Tiger Woods em referência a Davis, que guarda cuidadosamente o sigilo das medidas que tomará para impedir resultados muito acima do par ou atuações inalcançáveis, como as do alemão Martin Kaymer ou do norte-irlandês e número um do mundo Rory McIlroy em recentes edições deste Major.

A edição 2015 do torneio é marcada por uma novidade. Esta é a primeira vez na história que um US Open é disputado no noroeste do país, e o campo de Chambers Bay, que tem menos de dez anos, é um completo desconhecido para muitos dos concorrentes.

Este percurso, que alguns denominaram o Saint Andrews dos Estados Unidos, em referência ao histórico campo escocês onde vai acontecer o British Open, em julho, abriga os três pares quatro mais longos da história do Open (com cerca de 500 metros). A rapidez, a ondulação e a extensão dos greens, cujos difusos limites foram demarcados com pontos brancos, vão acrescentar emoção.

O ganhador do Masters de Augusta, o jovem Jordan Spieth, é um dos poucos que já jogou neste campo e conta com um caddy natural da região. Estes dois fatores, junto com a maturidade e a paciência que demonstrou aos 21 anos, podem ajudá-lo a repetir a façanha de Tiger Woods em 2002, quando conquistou o Masters e o US Open no mesmo ano.

“A chave é ser inventivo”, disse Spieth, sobre sua estratégia para o segundo Major do ano e a maneira de encarar as condições em transformação dia a dia e inclusive da manhã para a tarde em Chambers Bay.

Além disso, a USGA se reservou a possibilidade de poder mudar a extensão, a dificuldade e até o par do campo em função dos resultados das primeiras rodadas.

Os 156 golfistas selecionados entre os melhores do mundo e os mais de 10.000 candidatos que disputaram as classificatórias terão que mostrar muita inventividade e uma imensa paciência para lidar com Chambers Bay e os desafios que lhes forem impostos pelo diretor-executivo da USGA.

Mike Davies está empenhado em recuperar a tradição do US Open com um resultado final próximo do par, e que o vencedor não seja o que fizer mais birdies e acertar mais tacadas, mas o que fizer menos bogeys. EFE

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