Em crise, CBDA elege Miguel Cagnoni como seu novo presidente
Representante da chapa Inovação e Transparência, Miguel Cagnoni foi eleito nesta sexta-feira o novo presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Ele irá comandar a entidade pelos próximos quatro anos, tendo como principal missão retirar a entidade de uma grave crise financeira e institucional. De imediato, terá que convencer a Federação Internacional de Natação (Fina) a reconhecer o pleito e evitar uma suspensão do Brasil de competições internacionais.
Cagnoni teve um total de 64 votos (46 de clubes e federações adimplentes), superando por larga margem o segundo colocado, Cyro Delgado, da chapa Cara Nova, que fez 26 (22 de adimplentes) Jefferson Borges, da Novos Rumos, somou apenas 3 votos. Houve ainda dois votos em branco e um que acabou anulado. Dez votantes não compareceram.
O dirigente será o primeiro a dirigir a entidade máxima da natação brasileira após três décadas presidida por Coaracy Nunes, preso no Complexo Penitenciário de Gericinó desde abril após operação da Polícia Federal. Nos últimos três meses, a CBDA vinha sendo administrada por um interventor judicial, e é por esse motivo que a Fina não quer reconhecer o pleito desta sexta.
Sobre isso, Miguel Cagnoni irá pedir ajuda a outras instâncias esportivas do País. “A questão da Fina é uma questão política, e como tal tem que ser tratada politicamente. Isso envolve ministério do Esporte, Comitê Olímpico do Brasil, todas as autoridades esportivas do País. Vamos apresentar uma explicação e uma justificativa para aquilo que eles não estão entendendo”, afirmou.
Paulista, Cagnoni declarou após o pleito que manterá a CBDA no Rio e planeja se mudar para a cidade. Também prometeu manter os atuais funcionários da entidade. “Nesse início de gestão precisamos ter uma fotografia confiável da situação financeira da Confederação. Não tenho informação certa do que a gente vai encontrar lá do ponto de vista financeiro. Sem essa informação, fica difícil planejar. O mais importante é estabelecer a credibilidade da marca em cima da nova gestão”, comentou.
Cagnoni promete uma auditoria independente das contas. Ele também tem confiança na manutenção do patrocínio dos Correios, mas frisou que a CBDA irá atrás também de outros apoiadores. “Não podemos depender de apenas um.”
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