Em duelo de “filosofias” na Champions, Messi tenta tirar a “zica” do gol 500

  • Por Jovem Pan
  • 12/04/2016 21h28
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EFE A defesa forte do Atlético de Simeone será desafiada por Messi

A palavra “filosofia” serve para definir o estudo de diversas questões que interessam ao ser humano, como a existência, a verdade, a ética, a mente e mais uma infinidade de coisas. No futebol, essa palavra assume outro significado. Nele, filosofia é o estilo de jogo que um determinado treinador ou time tenta aplicar e seguir, e Vanderlei Luxemburgo, popularizador dessa definição alternativa, seria o seu Sócrates.

A Liga dos Campeões colocará frente a frente, nesta quarta-feira, duas equipes com filosofias bem definidas. De um lado, o ofensivo Barcelona, herdeiro da escola holandesa de futebol voltado à posse de bola e à pressão do adversário. Do outro, o Atlético de Madrid, que, sob o comando de Diego Simeone, tem se destacado nos últimos por ser o clube que mais honra a tradição da defesa forte montada em linhas de quatro jogadores.

Entre os torcedores, o futebol ofensivo é o favorito. Não é à toa: é mais divertido assistir a uma partida que termina em 4 a 3 do que uma que fique no 1 a 0. Por outro lado, há quem consiga ver uma beleza quase estética na aplicação tática e na ocupação inteligente de espaços tão bem feitas pelos colchoneros.

Filosofias ao contrário

A questão é que, pelo menos de acordo com a situação, talvez os papéis se invertam. Com muito custo, o Barcelona virou o jogo de ida das quartas de final e saiu em vantagem. Com isso, entrará no Vicente Calderón classificado. O Atlético, por sua vez, precisará mostrar que também sabe praticar outra filosofia quando necessário. Para isso, conta com o artilheiro Griezmann, jogador mais mortal de seu elenco.

O Barça é o favorito justamente por contar com não um, mas três atletas de alto nível, Messi, Suárez e Neymar, o tão badalado trio MSN. O problema é que a perna principal desse tripé está capengando. Lionel Messi não tem sido, nas últimas partidas, o que está acostumado a ser. E a sua dificuldade parece se dar justamente por conta de uma marca positiva.

A maldição do gol 500

Vestindo a pesada camisa argentina, o camisa 10 blaugrana marcou, diante da Bolívia, pelas Eliminatórias, o seu gol de número 499. Isso aconteceu no dia 29 de março. Desde então, o craque teve a chance de chegar à histórica marca de 500 gols contra o Real Madrid, a ocasião perfeita, mas não balançou as redes. Depois, diante do próprio Atlético de Madrid, passou em branco. De volta ao Campeonato Espanhol, parou nas defesas Rulli, da Real Sociedad.

São apenas três jogos sem marcar um jejum incomum na carreira de Messi. O gol 500 teima em não sair, e a sua ausência tem prejudicado o Barcelona, que viu sua confortável vantagem de nove pontos na liderança do Espanhol cair para apenas três. Diante da forte defesa do Atlético, ele seria bem útil. O time da capital é, aliás, sua vítima favorita: ao todo, o baixinho balançou 25 vezes a rede colchonera.

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