Em jogo de irmãos, Suíça aproveita falhas e vence a Albânia

  • Por Estadão Conteúdo
  • 11/06/2016 12h27
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EFE Haris Seferovic foi um dos destaques da Seleção da Suíça no duelo contra a Albania

A Suíça venceu a Albânia por 1 a 0 na estreia das duas equipes na Eurocopa, neste sábado, em Lens, na França. O resultado do jogo, entretanto, era o menos importante em um momento histórico na geopolítica internacional. Nove dos jogadores albaneses nasceram e/ou foram criados na Suíça. Cinco dos jogadores suíços têm origem albanesa ou kosovar-albanesa. 

São 14 jogadores que poderiam estar tanto numa equipe quanto na outra – a maior parte deles, ainda poderá optar por defender o Kosovo, que agora tem uma federação de futebol reconhecida pela Fifa. São fruto da imigração causada principalmente pela Guerra do Kosovo, entre 1998 e 1999.

Taulant Xhaka e Granit Xhaka são exemplos claros disso. Irmãos, filhos do mesmo pai e da mesma mãe, criados juntos, formados no mesmo clube – o Basel, da Suíça -, escolheram cada um jogar por uma seleção. Granit, agora no Arsenal, é mais talentoso e ganhou a primeira chance na equipe suíça aos 18 anos. Taulant não teve espaço na Suíça e acabou optando por defender a Albânia.

Neste sábado, ele fez parte de uma história geração de jogadores que levaram à Albânia pela primeira fez a uma grande competição – reflexo, também, da ampliação da Eurocopa de 16 para 24 equipes.

A festa dos albaneses durou pouco, só cinco minutos. Após cobrança de escanteio, Berisha saiu caçando borboletas. O zagueiro Schär aproveitou, subiu alto, e cabeceou para o gol vazio. Mais uma assistência na conta de Shaqiri, a quinta dele nas últimas oito partidas oficiais da Suíça.

A imaturidade da seleção albanesa ficou clara aos 34 minutos do primeiro tempo, quando o capitão da equipe, Cana, errou um carrinho e cortou a bola com a mão. Segundo amarelo e o vermelho indiscutível.

A partir daí, a Suíça teve ainda mais espaço para jogar, dando trabalho ao goleiro Berisha. Mas o técnico Petkovic optou por recuar a equipe, satisfeito com a vitória magra, e a Albânia só não empatou porque não quis. 

Aos 41 minutos do segundo tempo, Gashi recebeu cara a cara com Sommer. Era escolher o canto e correr para o abraço. Bateu em cima do goleiro, que fez defesa importante e garantiu a vitória. Gashi nasceu em Zurique e foi criado na Suíça, de onde só saiu em janeiro passado, vendido ao Colorado Rapids, dos EUA.

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