Em jogo de vida ou morte, Itália e Uruguai decidem última vaga do Grupo D
Surpreendidas e derrotadas por Costa Rica, que já está classificada para as oitavas de final, as seleções de Itália e Uruguai fazem duelo decisivo pela última vaga do “grupo da morte” da Copa do Mundo, nesta terça-feira, às 13h (horário de Brasília), na Arena das Dunas, em Natal.
A presença de três campeãs mundiais no Grupo D do torneio deu a certeza de que uma delas ficaria fora, mas poucos imaginavam que com uma rodada de antecedência a Inglaterra estivesse sem chances matemáticas, e que italianos e uruguaios duelassem para acompanhar os caribenhos nas oitavas de final.
As duas seleções estão com três pontos, mas por ter melhor saldo de gols, a os tetracampeões têm a vantagem de precisar apenas do empate para avançar na segunda colocação. Quem vencer, além de garantir vaga, ainda passa a ter chances de ser líder da chave.
Na estreia, os italianos venceram os ingleses por 2 a 1, e poderiam ter ficado muito próximos da vaga no jogo contra Costa Rica, mas perderam por 1 a 0. O intuito de jogar pela igualdade, no entanto, passa longe da cabeça dos italianos, que sabem ser fundamental jogar pela vitória.
O Uruguai, por sua vez, começou a Copa com um balde de água fria, após, a derrota por 3 a 1. A recuperação veio em grande estilo, graças a Luis Suárez. Recuperado de artroscopia no joelho esquerdo, o atacante marcou os dois gols na vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra.
Se no aspecto psicológico, as seleções vivem momentos distintos, tanto Itália quanto Uruguai estão em dívida quanto a expectativa de bom futebol. Na partida decisiva desta terça-feira, então, precisarão mostrar por que foram apontadas como favoritas antes do início da competição.
O técnico Oscar Tábarez, além de tentar fazer o time permanecer com a mesma pegada, quer estabelecer uma maneira de neutralizar o meia Andrea Pirlo, para que o cérebro da seleção italiana não tenha o domínio da bola e fique impossibilitado de ditar o ritmo de jogo.
Satisfeito com a última atuação, Tabárez deve manter a escalação da última partida. Com relação ao primeiro jogo, contra Costa Rica, foram feitas cinco mudanças no time titular para deixar, uma por obrigação, a saída de Maxi Pereira, suspenso.
Zagueiro e capitão, Diego Lugano continua lesionado e desfalcará a equipe. Maxi Pereira ficara no banco será alternativa no banco. Na esquerda, Álvaro Pereira, que chegou a desmaiar após bater a cabeça na partida anterior, está totalmente recuperado e segue titular.
Campeã em 2006, a Itália tentará evitar a segunda eliminação consecutiva em fase de grupos de Copa. Na África do Sul, quatro anos atrás, a seleção saiu sem vencer, empatando dois jogos e perdendo um. Para o goleiro e capitão Gianluigi Buffon, não conseguir uma vaga nas oitavas de final seria considerado um novo “fracasso”.
“A autoestima do elenco não deve diminuir por causa de uma partida em que fomos mal”, tentou minimizar o veterano, em entrevista coletiva concedida ontem, em Natal.
No aspecto tático, o técnico Cesare Prandelli resolveu apostar no “esquema Juventus”, com linha de três zagueiros, Pirlo mais preso como volante e dois homens de área. Para o lugar do contundido Daniele De Rossi, deverá entrar o zagueiro Leonardo Bonucci.
Outra novidade é no setor ofensivo, com Ciro Immobile se tornando titular ao lado de Mario Balotelli. Já no meio, Marco Verratti deverá reaparecer desde o início da partida. Com isso, Thiago Motta e Antonio Candreva deverão ir para o banco.
Este será o terceiro confronto entre italianos e uruguaios em Copas do Mundo. No primeiro, em 1970, houve empate em 0 a 0 na segunda rodada do grupo B, que teve a dupla classificada para as quartas de final. O novo encontro aconteceu 20 anos depois, nas oitavas de final, com vitória da Itália, por 2 a 0.
No ano passado, as duas seleções se enfrentaram na Arena Fonte Nova, em Salvador, na emocionante disputa pelo terceiro lugar da Copa das Confederações. Edinson Cavani marcou os dois gols da Celeste. Davide Astori e Alessandro Diamanti – que não vieram à Copa -, balançaram as redes para a Itália.
Nos pênaltis, brilhou a estrela de Buffon, que defendeu as cobranças de Diego Forlán, Martin Cáceres e Walter Gargano, sendo fundamental na vitória dos tetracampeões do mundo por 3 a 2.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.