Em jogo de viradas e expulsões, Palmeiras arranca empate com Atlético-PR no fim
Após um primeiro tempo muito ruim e uma etapa final cheia de altos e baixos, o Palmeiras conseguiu empatar em 3 a 3 com o Atlético Paranaense, nesta quarta-feira, na Arena da Baixada, em Curitiba, pela 35.ª rodada do Campeonato Brasileiro, com um gol no último minuto, mas saiu do gramado revoltado com a atuação do árbitro paraense Dewson Fernando Freitas da Silva, que expulsou dois palmeirenses. O resultado buscado no final do jogo não pode encobrir as sucessivas falhas de marcação da equipe.
Os dois times ficam no meio da tabela de classificação. O Palmeiras em 10.º lugar, com 49 pontos, e o Atlético em 12.º com 47. No sábado, o clube alviverde recebe o Cruzeiro, às 19h30, no estádio Allianz Parque, em São Paulo. O paranaense viaja ao Recife para no domingo, às 19h30 (de Brasília), encarar o Sport, no estádio da Ilha do Retiro.
Foram 10 dias de treinamento, broncas, reuniões e promessa de que tudo seria diferente. No primeiro tempo, uma grande decepção para o torcedor do Palmeiras, que viu um time descompromissado e sem a menor vontade de buscar o G4 no Brasileirão. Na segunda parte do jogo, o time teve brio de virar o placar, mas novamente falhou individualmente e frustrou os seus torcedores, que esperavam ver uma equipe, pelo menos, mais focada em campo.
O Atlético, um dos poucos times que não aspiram mais grandes coisas no Brasileirão, já no primeiro minuto escancarou as falhas defensivas do Palmeiras. Sidcley avançou pela esquerda e cruzou para dentro da área, onde Marcos Guilherme entrou sozinho – apenas Zé Roberto estava dentro da área – e bateu no contrapé de Fernando Prass.
E lá foi o bagunçado Palmeiras em busca do empate e conseguiu mostrar uma diferença em relação aos últimos jogos. Parou de dar longos lançamentos sem eficácia. A equipe alviverde tocou muito mais a bola, mas o aproveitamento foi o mesmo dos tempos de chutões. No primeiro tempo deu apenas um chute ao gol de Weverton.
Na etapa final, o técnico Marcelo Oliveira colocou Gabriel Jesus no lugar de Rafael Marques. A mudança fez muito bem ao time, pelo menos do meio para frente. Gabriel Jesus entrou ligado e parece ter acordado os companheiros. Tanto que em 15 minutos o time chegou com reais chances de marcar pelo menos quatro vezes. Em uma delas, o gol. Gabriel Jesus ganhou disputa de Eduardo, entrou na área e tocou para Robinho bater na saída do goleiro e empatar o jogo.
Os buracos na defesa continuaram, mas o Atlético se assustou ao ver o Palmeiras indo para cima e recuou. Aos 28 minutos, Zé Roberto cobrou escanteio e Jackson mandou de cabeça para as redes, virando o placar. Parecia novos tempos, mas a apatia e o nervosismo de um time abalado psicologicamente fez com que uma bela vitória de virada se tornasse em um jogo cheio de alternativas.
Aos 39 minutos, Ewandro, que havia acabado de entrar, recebeu na frente da área e sem marcação chutou. Fernando Prass falhou e o Atlético empatou. A pane continuou e a virada aconteceu graças a mais uma desatenção dos palmeirenses. Após falta no meio de campo, o time paranaense bateu rápido e Ewandro ficou livre para bater na saída de Prass e virar o placar.
Descontrolados, os palmeirenses ficaram preocupados em brigar com o árbitro e Jackson e Robinho foram expulsos. Aos 49 minutos, Alecsandro ainda empatou, após bate e rebate na área e minimizou a situação. Mas faltou futebol ao Palmeiras.
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