Em nota, brasileiros do Shakhtar expressam medo com situação na Ucrânia

  • Por Jovem Pan
  • 21/07/2014 19h20

Douglas Costa e seus companheiros estão com medo da situação na Ucrânia

Instagram/Reprodução Douglas Costa

Por conta dos conflitos que estão ocorrendo no Leste Europeu, alguns jogadores do Shakhtar Donetsk, entre eles cinco brasileiros, não retornaram à Ucrânia. Dentinho, Fred, Alex Teixeira, Douglas Costa e Ismaily, além do argentino Facundo Ferreyra, se recusaram a se reapresentar no clube e não viajaram com os companheiros de volta para a cidade de Lviv. Vale lembrar que a equipe estava fazendo pré-temporada na França nos últimos dias.

Nesta segunda-feira (21), em seu Instagram oficial, o meia-atacante Douglas Costa se pronunciou sobre a situação e divulgou uma nota em nome dele e de seus companheiros Dentinho e Alex Teixeira. No comunicado, o jogador deixa claro que todos eles gostam do clube, mas que estão com bastante medo da situação política atual no país.

“Quero esclarecer que não estou abandonando o clube. Estou com medo. Tudo o que a gente lê, vê ou ouve é de que a situação no país é bastante complicada. Não sabemos em quais condições podemos treinar e muito menos onde jogar. Para jogar precisamos viajar. Como vai ser nossa segurança?”, destacou Douglas Costa. “Gosto do clube, das pessoas, da cidade, mas estou com medo de outras situações de conflito e eventualmente numa viagem, quando nos separarmos de nossos familiares, que aconteça algo pior”, prosseguiu.

Na última quinta-feira (17), um avião com 298 passageiros foi abatido no espaço aéreo ucraniano e as autoridades atribuíram o atentado a separatistas pró-Rússia,  

Confira o comunicado completo divulgado no Instagram de Douglas Costa:

Dentinho, Alex Teixeira e Douglas Costa explicam o porquê da não apresentação ao Shakhtar Os jogadores Dentinho, Alex Teixeira e Douglas Costa continuam na Europa, porém não se apresentaram ao Shakhtar Donetsk.

O jogador Douglas Costa também se colocou à disposição para treinar em qualquer localidade que não tivesse conflito.

“Quero esclarecer que não estou abandonando o clube. Estou com medo. Tudo o que a gente lê, vê ou ouve é de que a situação no país é bastante complicada. Não sabemos em quais condições podemos treinar e muito menos onde jogar. Para jogar precisamos viajar. Como vai ser nossa segurança? Não tenho nenhum problema no Shakhtar. Gosto do clube, das pessoas, da cidade, mas estou com medo de outras situações de conflito e eventualmente numa viagem, quando nos separarmos de nossos familiares, que aconteça algo pior. Lamento que tudo isso esteja acontecendo. Porém, neste momento, todos nós corremos risco de vida se estivermos na região. Conversamos com os dirigentes e nos propusemos a permanecer na Suíça para treinarmos enquanto essa situação seja resolvida. Queremos permanecer no clube só que precisamos ter uma condição de trabalho sem correr riscos”, desabafou.

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