Em provável despedida dos Jogos, Tiago Camilo lamenta derrota nas oitavas

  • Por EFE
  • 10/08/2016 15h44
RJ - OLIMPÍADA/JUDÔ/TIAGO CAMILO - ESPORTES - O judoca brasileiro Tiago Camilo (de azul) é derrotado por Mammadali Mehdiyev, do Azerbaijão, o número 24 do mundo, na categoria até 90kg dos Jogos Olímpicos Rio 2016, na tarde desta quarta-feira, na Arena Carioca 2, no Rio de Janeiro. O brasileiro, 21º no ranking mundial, foi derrotado por wazari. 10/08/2016 - Foto: GLAUCON FERNANDES/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO GLAUCON FERNANDES/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO Tiago Camilo tinha a chance de se tornar o maior medalhista olímpico do Brasil no judô

A luta contra Mammadali Mehdiyev, do Azerbaijão pode ter sido a última do judoca Tiago Camilo nos Jogos Olímpicos. O brasileiro foi eliminado nas oitavas de final da categoria médio (até 90kg) nesta quarta-feira. Após a luta, ele agradeceu o apoio da torcida e lamentou a derrota na Arena Carioca 2.

“Fico feliz por receber o carinho do público. É um reconhecimento por toda a minha carreira, pelo que construí no esporte. Queria ter dado mais alegrias à torcida com a conquista da medalha. Nada vai apagar o que conquistei, mas queria ter escrito uma história diferente hoje”, comentou o judoca, tricampeão pan-americano (Rio 2007, Guadalajara 2011 e Toronto 2015).

A luta contra Mammadali Mehdiyev levou a torcida ao desespero. Após começar em desvantagem devido a uma punição, o brasileiro chegou a liderar o placar com um yuko, mas sofreu o mesmo golpe, somado a um wazari em seguida, e encerrou a busca pela medalha olímpica.

“Quero lutar mais um Mundial, em 2017, mas em Tóquio (sede dos Jogos de 2020) eu acho difícil. Tudo é positivo, mesmo nas experiências de derrota. Estou satisfeito com a forma em que lutei as duas primeiras. E no esporte é assim, você perde lutando bem, é da competição. Agora é esfriar a cabeça e torcer pelos outros atletas”, declarou.

No Rio de Janeiro, Tiago Camilo tinha a chance de se tornar o maior medalhista olímpico do Brasil no judô, após conquistar a prata na categoria leve (até 73kg) em Sydney 2000 e o bronze na categoria meio-médio (até 81kg) em Pequim 2008. Até o momento, Aurélio Miguel é o judoca brasileiro com melhor desempenho em Jogos Olímpicos, com ouro em Seul 1988 e bronze em Atlanta 1996.

A única medalha conquistada pelo Brasil no judô nesta edição dos Jogos Olímpicos, por enquanto, foi o ouro de Rafaela Silva, que na segunda-feira derrotou a romena Corina Caprioriu na final da categoria leve feminina (até 57kg).

Ao comparar o desempenho dos brasileiros no Rio de Janeiro com o dos Jogos de Londres, no qual o país conquistou um ouro e três bronzes, Tiago reconheceu que entende as cobranças e diz que esperava mais medalhas de atletas do país em uma competição em casa.

“Todos esperavam mais do judô brasileiro, o que é justo pelo talento que os atletas têm. Poderíamos ter feito diferente, mas não aconteceu. Mas os atletas não podem entrar nessa cobrança de dar o resultado para cumprir uma meta, cada um tem que competir por seus objetivos. Se entrar numa cobrança, você acaba não rendendo o que poderia. Ficamos tristes porque o judô brasileiro é mais do que isso, poderíamos ter mais medalhas olímpicas”, considerou o judoca, de 34 anos.

Nesta quarta-feira, a brasileira Maria Portela também foi eliminada nas oitavas de final da categoria médio (até 70kg) feminina do judô, ao perder por uma punição no ‘golden score’ para a austríaca Bernadette Graf.

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