Emerson Fittipaldi é nomeado embaixador do Grande Prêmio do México

  • Por Agência EFE
  • 10/07/2015 00h23
EFE Emerson Fittipaldi foi nomeado embaixador do Grande Prêmio do México

Emerson Fittipaldi, campeão mundial de Fórmula 1 em 1972 e 1974, foi nomeado nesta quinta-feira embaixador do Autódromo Irmãos Rodríguez e do Grande Prêmio do México, que será disputado entre 30 de outubro e 1º de novembro.

O brasileiro foi escolhido por ser o “porta-voz perfeito” para comunicar ao mundo do retorno após 23 anos da principal categoria do automobilismo ao México e do potencial do país como organizador.

“Estou muito contente, orgulhoso desse novo cargo. Há muito interesse pela Fórmula 1 ao redor do mundo. Agora ela estará no México”, indicou o primeiro brasileiro a ser campeão da categoria.

“A América Latina tem uma enorme tradição na Fórmula 1”, lembrou Fittipaldi, citando o argentino Juan Manuel Fangio, os mexicanos Ricardo e Pedro Rodríguez, além de seus compatriotas Nelson Piquet e Ayrton Senna.

“O Brasil recebeu os últimos anos a Fórmula 1 em São Paulo. Agora com o México temos que criar uma força para gerar torcedores em toda a América Latina, Caribe e América Central, entusiasmando as novas gerações e promovendo pilotos jovens, novos talentos”.

Fittipaldi contou que correu no Grande Prêmio do México em 1970, ao comando de uma Lotus, e competiu com Pedro Rodríguez.

Além da nomeação, Fittipaldi foi o encarregado de inaugurar o pódio do circuito abrindo uma garrafa de champanhe, avaliando que o autódromo “seguirá sendo uma pista difícil e um alto desafio técnico para os pilotos”.

O ex-piloto disse que seu trabalho será promover a imagem do México, um país “com grande hospitalidade e um grande atrativo turístico que receberá uma ótima festa em novembro”,

Sobre os motivos de o Brasil não ter um novo campeão do mundo há 24 anos, Fittipaldi afirmou que, após a morte de Senna em maio de 1994, o automobilismo brasileiro “ficou sem motivação”. E, desde então, “não houve outro piloto que impulsionasse os jovens e servisse de exemplo”.

O ex-piloto disse que o Brasil teve muita sorte porque em duas décadas teve três campeões do mundo: ele próprio, Piquet (1981, 1983 e 1987) e Senna (1988, 1990 e 1991).

“É muito difícil ser campeão do mundo e a América Latina tem alguma oportunidade, mas precisa de investimento e desenvolvimento de pilotos”, indicou.

No México, Fittipaldi indicou que as crianças que assistam o Grande Prêmio serão influenciados pelo representante do país na categoria, Sergio Pérez, piloto da Force India. 

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