Emoção e ofensividade: como Palmeiras e Santos chegaram à final da Copa do Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 29/10/2015 15h52
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Montagem sobre Folhapress Com características diferentes

A final da Copa do Brasil está definida. De formas bem diferentes, Santos e Palmeiras conquistaram, na quarta-feira, o direito de disputar as duas últimas partidas em busca do troféu e da vaga na Libertadores de 2015. Enquanto o Peixe só carimbou a classificação encaminhada no Morumbi contra o São Paulo, o Verdão testou a saúde cardíaca de seus torcedores diante do Fluminense.

Com diferentes qualidades e problemas, os dois finalistas passaram por diversas dificuldades nessa caminhada. Confira na análise abaixo, feita pelo Jovem Pan Online, como foi o trajeto percorrido por ambos os times.

Palmeiras

O sofrimento e a eficiência nos momentos decisivos

O Palmeiras na Copa do Brasil não foi diferente do Palmeiras de toda a temporada: excessivamente irregular, mas, na maioria das vezes, vencedor. Logo na estreia, diante do Vitória da Conquista, a equipe então treinada por Oswaldo de Oliveira abriu o placar cedo, mas cedeu o empate aos anfitriões. Somente no final do segundo tempo o Verdão garantiu a goleada que lhe deu a vaga sem necessidade do jogo de volta em São Paulo.

Na fase seguinte, jogando com um time reserva contra o Sampaio Correia, a vaga foi conquistada somente no segundo jogo, depois de um empate em São Luís. Mais complicado foi eliminar o ASA de Arapiraca na terceira fase: empate sem gols no Allianz Parque e vitória suada, com gol único de Gabriel Jesus, seu primeiro como profissional, na volta.

Contra o Cruzeiro, nas oitavas de final, o Palmeiras venceu por 2 a 1 jogando em casa. No Mineirão, a equipe, já com Marcelo Oliveira no comando, jogou bem e viu Gabriel Jesus dar show com dois gols. Foi a melhor partida da equipe na Copa do Brasil. O confronto seguinte, contra o Internacional, resumiu bem a história do Verdão no torneio: empate em 1 a 1 no Beira-Rio e vantagem de 2 a 0 aberta no Allianz Parque. Então veio o sofrimento: o Inter empatou o jogo e chegou a estar classificado. Poucos minutos depois, veio a eficiência: Andrei Girotto se tornou herói ao marcar gol de cabeça.

Diante do Fluminense, a história foi parecida: uma derrota no Maracanã por 2 a 1, considerada um bom resultado pelo gol marcado fora de casa. Em São Paulo, o alviverde fez dois gols em 18 minutos, mas recuou demais no segundo tempo, deixou o Fluminense reagir, diminuir e quase empatar o duelo. A classificação veio então nos pênaltis, com defesa de Fernando Prass e todas as cobranças convertidas.

Eficiência na hora de botar a bola na rede, mas vaga conquistada com muito suor. Nada melhor para exemplificar como foi o caminho do Palmeiras até aqui na Copa do Brasil.

Santos

O Peixe que cresceu com seus craques ao longo do torneio

O Santos começou a Copa do Brasil sem dar muita importância ao torneio e conseguiu suas primeiras classificações sem empolgar. Na estreia, diante do Londrina, uma vitória simples, com gol de pênalti de Robinho, não eliminou o jogo da volta. Na Vila, o placar se repetiu e a vaga foi carimbada. Em seguida, a equipe, ainda treinada por Marcelo Fernandes, pegou outro paranaense, o Maringá, e abriu dois gols de vantagem fora de casa, mas acabou permitindo a reação e o empate dos anfitriões.

O desempenho do Santos e de seus principais craques foi melhorando à medida que os adversários ficavam mais complicados. Contra o Sport, na terceira fase, a derrota por 2 a 1 em Recife exigia uma reação da equipe, agora treinada por Dorival Júnior, que ocupava a zona de rebaixamento. E foi o que aconteceu: com a força da Vila Belmiro, o Peixe venceu por 3 a 1 com gols de Gabriel (dois) e Geuvânio.

Diante do Corinthians, o Peixe, já recuperado no Brasileirão, mostrou toda sua força. Na Vila, uma vitória por 2 a 0 com gols de Gabriel e Marquinhos Gabriel. Na Arena Corinthians, nova vitória, agora com gols de Ricardo Oliveira e Gabriel. O ataque santista, orquestrado pelo meia Lucas Lima, estava voando com a ótima fase de seus homens de frente, e nas quartas, diante do Figueirense, a classificação foi fácil, com dois triunfos.

Duas vitórias que se repetiram diante do São Paulo. Desta vez, Ricardo Oliveira foi o destaque com três gols nos dois confrontos. Marquinhos Gabriel fez outros dois e Gabriel, artilheiro da Copa do Brasil com sete gols, mais um. Não à toa o alvinegro é um dos times mais temidos do Brasil: a categoria de seus jogadores de frente e a força da Vila Belmiro fazem do Santos um adversário muito difícil de ser batido.

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