Empresário acusado de narcotráfico diz que era testa de ferro de Grondona
Patrício Gorosito, empresário de futebol argentino acusado por traficar mais de uma tonelada de cocaína à Europa, disse nesta quinta-feira que “era o testa de ferro” de Julio Grondona, ex-presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA) e ex-vice-presidente da Fifa, já falecido.
“Eu era testa de ferro, ou como queiram chamá-lo, de Julio Humberto Grondona”, afirmou Patrício Gorosito ao jornal argentino “La Nación” após a primeira sessão do julgamento por narcotráfico do qual é réu.
Além disso, na corte, Gorosito sustentou que “trabalhava para Julio Grondona”.
O nome do dirigente, que morreu em 2014, está envolvido no suposto escândalo de corrupção na Fifa.
Grondona aparece como acusado de receber US$ 15 milhões para a comercialização das próximas quatro edições da Copa América no relatório apresentado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que está à frente da investigação.
Por sua vez, Gorosito é acusado de ser chefe de uma quadrilha de contrabando de cocaína a Espanha e Portugal. Ele também era presidente do Arroyo Seco, um clube de futebol de Santa Fé, na região central da Argentina.
“Dei a cabeça por Grondona. Ele fez o estádio em Arroyo Seco, onde ia sempre”, disse Gorosito, sobre o clube que supostamente ele próprio fundou.
“O clube Real Arroyo Seco era dele. Era de Julio Grondona. Quando o vendi ao Rosario Central, ele levou o dinheiro e eu fiquei com um pouco”, concluiu Gorosito.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.