Espanha, Alemanha, França, Portugal… Técnico Deivid roda a Europa para estudar
Foi traumática a primeira experiência de Deivid como treinador. Depois de trabalhar como auxiliar em Flamengo e Cruzeiro, o ex-atacante de 36 anos assumiu o comando do time mineiro no fim do ano passado, mas só durou cinco meses no cargo. Demitido em abril após eliminação na semifinal do Campeonato Estadual, Deivid não pretende aceitar propostas pelos próximos 45 dias. A Ideia é se aprimorar longe do País para voltar mais bem preparado.
Em entrevista exclusiva a Fausto Favara para o próximo Plantão de Domingo, da Rádio Jovem Pan, o ex-jogador contou que tem viagem marcada nos próximos dias à Europa. Lá, vai passar por quatro países, visitar sete clubes e trocar informações com treinadores e estudiosos do futebol para atualizar conceitos e aprender novos métodos de treinamentos.
“Tenho visto bastantes jogos, estudado muito… Estou acompanhando o Campeonato Brasileiro, tanto a Série A quanto a Série B, e, no domingo, fui ver o jogo da Seleção contra o Iraque... Na próxima quinta-feira, dia 11, eu viajo para a Europa, onde vou ficar um mês e meio… Vou visitar Real Madrid, Bayer Leverkusen, Lyon, Bordeaux, Braga, Porto e Benfica e trocar informações. Volto ao Brasil no final de setembro“, contou Deivid.
“É sempre bom se atualizar, ver coisas novas… Claro que o futebol só se resolve quando a bola entra, mas é sempre bom se preparar, estudar. Tive a oportunidade de jogar fora por sete anos e ter contato com escolas muito diferentes. Sempre gostei de me aperfeiçoar, conhecer culturas novas e analisar o que o mercado me apresenta“, acrescentou.
Deivid pendurou as chuteiras em 2014, depois de jogar em Brasil, França, Portugal e Turquia. Desde então, foi auxiliar técnico de Vanderlei Luxemburgo no Flamengo e no Cruzeiro, clube que o convidou para ser assistente fixo no segundo semestre do ano passado. A primeira experiência à frente dos bancos de reservas aconteceu justamente na equipe celeste, que o efetivou depois da saída de Mano Menezes para a China, em dezembro.
Nos cinco meses em que comandou o Cuzeiro, Deivid deu bastante espaço a jovens da base e revelou ser adepto dos sistemas 4-2-3-1 e 3-4-3. Quando foi questionado pela falta de experiência, respondeu com firmeza, dizendo que havia estudado desde 2007 para exercer aquela função.
Hoje, ele só quer regatar a essência do futebol brasileiro. “O futebol europeu sempre foi conhecido pela organização tática, mas, nos últimos anos, aperfeiçoou a individualidade dos jogadores. Nós, não… Paramos só no drible, no talento. Não evoluímos a questão tática e posicional. Deixamos de fazer aquela bagunça organizada, de preencher espaço sem a bola e jogar para frente com a posse“.
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