Esporte Interativo diz que oferece aos clubes 9 vezes mais por contrato de TV

  • Por Agência Estado
  • 15/02/2016 15h43
Brasil, São Paulo, SP, 22/11/2015. Jadson (c), do Corinthians, rodeado por colegas da equipe, beija a taça do Campeonato Brasileiro 2015 após a vitória por 6 a 1 diante do São Paulo, na Arena Corinthians (Itaquerão), zona leste da capital paulista. - Crédito:ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:189818 Agência Estado Jadson e jogadores do Corinthians levantam o troféu do Campeonato Brasileiro de 2015

O Esporte Interativo, canal do grupo Turner, emitiu nota oficial nesta segunda-feira para enfim comentar as negociações com diversos clubes para transmitir em TV fechada o Campeonato Brasileiro a partir de 2019. A empresa diz que propõe um aumento de até 9 vezes no valor que os times recebem no contrato com a SporTV, que historicamente transmite a competição. 

“Nossa proposta representa para os clubes um aumento de mais de nove vezes em relação à sua receita atual de TV fechada, o que vai abrir a possibilidade de os clubes fazerem investimentos significativos e se fortalecerem ainda mais”, diz o comunicado do Esporte Interativo. 

O canal faz questão de ressaltar que “os clubes que aceitarem nossa proposta de TV fechada não terão qualquer redução de receita em seus contratos atuais de TV aberta ou pay per view”, uma vez que os contratos são independentes entre si. 

O Esporte Interativo já superou a ESPN para adquirir os direitos de transmissão da Liga dos Campeões da Europa na atual e na próxima temporadas. O canal teve dificuldades de entrar no pacote das principais operadoras de TV paga no Brasil (Sky e Net) e precisou transmitir partidas nos canais dedicados a filmes e séries do grupo Turner. 

Nos últimos anos também chegou ao Brasil o canal Fox Sports, que tirou do SporTV os direitos de transmissão da Copa Libertadores. O canal do grupo Globosat até readquiriu o direito de passar algumas partidas, mas em contrapartida cedeu direitos parciais sobre o Brasileirão e a Copa do Brasil.

Todas essas negociações não envolveram a transmissão em canal aberto. A Globo segue detentora dos direitos sobre a Libertadores, o Brasileirão, a Copa do Brasil e a própria Liga dos Campeões, repassando partidas para parceiros – atualmente, a Band. 

O canal carioca, entretanto, tem sido alvo de críticas porque, negociando individualmente com os clubes desde o fim do Clube dos 13, fez disparar a discrepância entre o que recebem Corinthians e Flamengo na comparação com outros clubes grandes do País. 

Por isso, o Esporte Interativo diz que a divisão das receitas entre os clubes que fecharem acordo se dará nos moldes da Premier League (liga que organiza o Campeonato Inglês), “baseada no princípio do equilíbrio e do mérito, que julgamos ser um sistema que favorece o desenvolvimento do futebol brasileiro como um todo”.

No seu comunicado, o Esporte Interativo promete chamar as “arenas e seus times por seus nomes” (a Globo trata o Red Bull Brasil por RB Brasil), exibir marcas dos patrocinadores dos clubes e dos estádio e transmitir um número mínimo de jogos de cada time. “Acreditamos que a força do futebol brasileiro está espalhada por todas as regiões e torcidas do País”, diz o Esporte Interativo, que tem um canal exclusivo para o Nordeste e transmite a Copa do Nordeste.

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