“Esporte mundial perdeu um líder expressivo”, diz Temer sobre morte de Havelange

  • Por Agência Brasil
  • 16/08/2016 13h38
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EFE Temer informou que não cogita disputar a reeleição em 2018 e só quer que o "Brasil retome a rota do crescimento"

O presidente interino Michel Temer lamentou nesta terça-feira, em nota, a morte do ex-presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), João Havelange. “O esporte mundial perdeu hoje um dos seus mais expressivos líderes”, disse. Havelange tinha 100 anos e estava internado no Rio de Janeiro desde o mês passado, para tratamento de pneumonia.

“João Havelange se dedicou com afinco ao desenvolvimento do esporte e, principalmente, do nosso futebol. Presto solidariedade aos familiares e amigos neste momento de pesar”, registrou Temer em nota.

Advogado e empresário, seu interesse pelos esportes começou ainda na infância. Aos 20 anos, competiu com a equipe de natação brasileira nas Olimpíadas de Berlim. Em 1952, participou dos Jogos de Helsinque, na Finlândia, como jogador de polo aquático.

Quatro anos depois, assumiu a presidência da extinta (CBD), que reunia 24 esportes, entre eles, o futebol. Durante 18 anos à frente da entidade, viu o Brasil ser tricampeão mundial de futebol ao vencer as Copas de 1958 (Suécia), 1962 (Chile) e 1970 (México).

Em 1974, foi eleito presidente da Fifa, o primeiro de um país fora da Europa a liderar a organização. Após sucessivas reeleições, permaneceu como o homem mais poderoso do futebol por 24 anos, período em que organizou seis Copas do Mundo e visitou mais de 180 países. À frente da Fifa, foi apontado como o responsável por várias transformações no futebol em todo o planeta.

Depois da Fifa, passou a dedicar-se a negócios empresariais e ao trabalho filantrópico. Desde 1963, integrava o Comitê Olímpico Internacional (COI) e era o mais antigo membro do órgão. Em 2011, renunciou em meio a ameaça do COI abrir uma investigação contra ele por suspeita de corrupção. Havelange justificou, na época, a saída por motivos de saúde. Fora do COI, ele conseguiu evitar punição e o processo foi arquivado.

Em 2012, depois de longa batalha jurídica, os documentos do processo suíço foram publicados e, neles, provou-se que Havelange havia “fraudado” a Fifa. Em 2013, ele renunciou ao cargo de presidente de honra da organização.

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