Estreante, Ítalo Ferreira tenta manter sensação brasileira em alta no surfe
Os brasileiros estão tão em alta no surfe que já receberam o apelido de “Brazilian Storm” (Tempestade Brasileira). Mas não se trata apenas de Gabriel Medina, campeão mundial em 2014, Adriano de Souza e Filipe Toledo, primeiro e segundo colocados da atual edição. Tem mais gente querendo entrar nesse grupo que virou sensação nos últimos meses: Ítalo Ferreira, de 21 anos, mostra personalidade e ambição em seu primeiro ano na disputa.
Logo em sua primeira etapa, em Gold Coast, Ítalo venceu o americano Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial e maior nome do esporte. Na última, no Rio de Janeiro, foi a vez de desbancar o australiano Mick Fanning, tricampeão, antes de perder para o compatriota Filipe Toledo na semifinal.
“(Em Gold Coast) Foi meu primeiro evento no round 3, peguei uma das lendas do surfe mundial, foi uma bateria bem disputada, com poucas ondas. Eu consegui achar as ondas boas e executar as manobras certas e acabei vencendo essa bateria. Aqui no Brasil também consegui vencer o Mick Fanning. Então acredito que estou num ritmo muito bom e espero continuar assim”, disse o jovem nascido em Baía Formosa, no Rio Grande do Norte.
Se a vitória no Rio não veio, Ítalo exalta seu terceiro lugar e a presença da torcida na praia. “Tinha aquela torcida toda a seu favor, toda a minha família estava lá, nunca vi tanta gente na praia acompanhando uma etapa de surfe. Toda a onda que os brasileiros surfavam a galera gritava”, elogiou. “Foi inacreditável, sem palavras, a energia, as pessoas que estavam todos os dias assistindo ao campeonato”.
Os fãs do surfe no Brasil aumentaram ainda mais com a chegada da Brazilian Storm, algo que, segundo Ítalo Ferreira, já estava para acontecer. “Os brasileiros têm uma sede muito grande, são muito guerreiros. O Gabriel mostrou que tudo é possível, correu atrás e conseguiu o título mundial. Acredito que vai ser mais um ano incrível para o surfe brasileiro. Espero que eles possam levar, e eu estou aqui”, analisou, antes de fazer uma projeção. “É meu primeiro ano, estou me adaptando muito rápido, e quem sabe daqui a pouco esteja lutando pelo título mundial”.
Para marcar seu nome em 2015, o brasileiro espera conquistar o prêmio “Rookie of the Year”, de melhor estreante, e ficar entre os dez primeiros colocados no mundial. Para isso, a próxima etapa, em Fiji, é fundamental. No primeiro round, enfrentará Nat Young, americano, 5º colocado. Freddy Patacchia, havaiano, 27º colocado. “Estou muito ansioso por esta etapa, nunca fui para esse lugar, é um lugar maravilhoso, e espero conseguir um bom lugar lá”. A etapa será disputada no domingo (7).
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