Euller aproveita a família antes de tentar ser técnico “ao estilo Telê Santana”
Durante sua carreira como jogador de futebol, Euller ganhou o apelido de “filho do vento”, devido a sua velocidade em campo. Agora, quatro anos depois de se aposentar dos gramados, o ex-atacante desacelera para aproveitar o tempo livre com a família. Entretanto, Euller já se prepara para um novo desafio, onde seguirá no futebol, conforme contou aos repórteres André Ranieri e Márcio Spimpolo, da Rádio Jovem Pan.
“Eu parei de jogar em 2011 e de lá para cá estou cuidando da família. Estou buscando informações, fazendo cursos, participando de congressos. Estou nutrindo minha mente com informações para depois aplicar dentro de campo”, disse. “Meu sonho é ser treinador, e eu estou me preparando para isso. Mas estou vivendo este momento com a família, que eu nunca vivi. Está sendo muito bacana, estou até pensando em prolongar um pouco mais”.
Perguntado sobre qual estilo gostaria de ter, Euller mostrou-se ambicioso ao citar o treinador com que trabalhou no São Paulo em 1994 e 1995. “Eu sou do estilo Telê Santana. Eu acho que uma das coisas que tem de ser resgatadas é a disciplina dos atletas, que tem se perdido ao longo do tempo e tem prejudicado o lado de evolução dos meninos, principalmente da base, que está perdida no geral”, afirmou.
“Eu acho que você tem de aprender todas as formas de treinar e, na hora, ver o grupo que tem na mão. Não adianta falar que vou ser um Tite, se eu não tenho um grupo como o que tem o Tite, que tem, além de um bom nível técnico, atletas aplicados. O São Paulo tem um grupo qualificado, mas taticamente não há uma obediência”, continuou.
Para o ex-atleta de Palmeiras e Atlético-MG, o que dificulta o trabalho dos técnicos atualmente é a falta de qualidade dos jogadores. “Está muito difícil, é uma safra terrível, é complicado fazer captação de talentos. É uma safra perdida, na minha opinião. Isso fez com que os jogos ficassem muito fracos, daqui dez anos você não vai conseguir lembrar de clássicos marcantes desta época. Antigamente tínhamos esses jogos”, analisou. Segundo Euller, é por isso que jogadores mais velhos, como Zé Roberto, conseguem continuar jogando profissionalmente.
“Todos os atletas que estão aí são profissionais. Você vê o Ronaldinho, por exemplo, que não consegue mais jogar, porque tem outra vida fora do futebol. Aquele atleta que consegue ficar, independentemente de sua idade, e fora de campo consegue preservar seu lado físico, vai se estender por conta da falta de qualidade dos jovens talentos de hoje”, concluiu.
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