Evaristo de Macedo lamenta morte do amigo Alfredo Di Stéfano

  • Por Agencia EFE
  • 07/07/2014 15h55
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CAMPEONATO BRASILEIRO 2005 - FUTEBOL - ESPORTES - ATLÉTICO-PR X FLAMENGO - Evaristo de Macedo, técnico do Atlético-Pr - Estádio Arena da Baixada - Curitiba - Pr - Brasil - 2/10/2005 - Foto: Leandro Taques/Gazeta Press Divulgação Evaristo de Macedo

Evaristo de Macedo, que jogou contra e a favor do argentino Alfredo Di Stéfano, lamentou nesta segunda-feira a morte do amigo, que não via há dois anos e que apontou como um dos maiores jogadores de todos os tempos.

“Foi um bom companheiro, uma pessoa com quem tive grande ligação quando jogava e depois de encerrar a carreira. Apesar de ser uma pessoa difícil, que muitos achavam nervoso, comigo era sempre tranquilo. Era presidente da associação de ex-jogadores (do Real Madrid) e nos recebia muito bem”, afirmou Evaristo em entrevista à Agência Efe.

O brasileiro e Di Stéfano foram adversários entre 1957 e 1962, quando o primeiro no Barcelona e o segundo no Real Madrid. Em seguida, por duas temporadas, eles foram companheiros na equipe da capital espanhola e conquistaram dois títulos do Campeonato Espanhol.

“Jogar contra ele era terrível. Ele era extraordinário, veloz, inteligente e era muito difícil de marcá-lo. Jogar com ele já era fácil. Sempre se apresentava bem, estava sempre bem posicionado no campo”, afirmou o ex-centroavante da seleção brasileira.

Hoje aposentado, Evaristo relembrou a última vez que encontrou o amigo, dois anos atrás, na última visita que fez a Madri. Segundo o brasileiro, foi a oportunidade de um alegre bate-papo que durou muitas horas.

“Um queria saber da família do outro, dos amigos em comum, alguns que não víamos há muito tempo”, disse.

Questionado sobre o talento de Alfredo Di Stéfano, Evaristo de Macedo preferiu evitar comparações, garantindo apenas que o ex-rival e ex-companheiro é um dos maiores de todos os tempos.

“Eu acho que quem é o maior, o melhor, não existe. O futebol foi evoluindo, mudou muito. Acho que ele, como outros grandes, pertence à galeria dos maiores, galeria dos jogadores fantásticos”, garantiu Evaristo.

Alfredo di Stéfano morreu nesta segunda-feira aos 88 anos, no Hospital Universitário Gregorio Marañón, na capital espanhola, três dias após sofrer uma parada cardíaca em um restaurante, onde comemorava aniversário completado na sexta-feira.

O ex-atacante, que nasceu em Buenos Aires, vestiu também as camisas de River Plate, Millonarios e Espanyol, assim como das seleções argentina, colombiana e espanhola. Entre 1967 e 1988 trabalhou como técnico, retornando inclusive ao Real, clube que o nomeou presidente honorário em 2000.

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