Ewerthon compara Brasil e Alemanha, e diz ter sofrido racismo na Espanha

  • Por Jovem Pan
  • 16/06/2015 14h10
Ana Cichon/Jovem Pan Ewerthon participa do Esporte em Discussão

Ex-jogador de Corinthians, Palmeiras e Borussia Dortmund, Ewerthon não vê com surpresa o sucesso do futebol alemão na atualidade. Convidado do Esporte em Discussão, da rádio Jovem Pan nesta terça-feira (16), o ex-atacante comparou o futebol brasileiro com os germânicos e afirmou que a organização é o diferencial dos atuais campeões mundiais. O ex-atacante ainda declarou que sofreu racismo enquanto defendeu o Zaragoza, da Espanha.

“Lá fora eles têm mais tempo e organização. São profissionais. Você já chega ao clube sabendo quando sai de férias, quando recebe. E aqui no Brasil, não. É uma bagunça. Você chega como grande contratação. Se joga dois jogos e não corresponde, já está fora. Infelizmente, aqui há muito amadorismo. Por isso que hoje nosso futebol está como está. Não revela mais craques, só jogadores que sabem correr. O problema é cultural”, declarou Ewerthon.

“A surpresa foi o resultado (7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil). A vitória da Alemanha, não. Cheguei à Alemanha em 2000/2001. Quando cheguei, não tinham um time. Eles estavam se organizando, fizeram a Copa de 2006 e chegaram em terceiro lugar. Em 2010, mesclaram jogadores novos e experientes, terceiro lugar de novo. Aqui no Brasil, fizeram um planejamento. E para eles, essa é a Copa mais importante que eles ganharam porque amam o Brasil, ganharam no país do futebol”, destacou. “Eles são o país a ser seguido”, completou ex-jogador.

Ewerthon afirmou que até hoje é muito respeitado na Alemanha, não só em Dortmund, onde jogou por muito tempo defendendo o Borussia. Quando jogou na Espanha, porém, sofreu com casos de racismo. O atacante destaca, entretanto, que nunca levou os acontecimentos a sério e evitou polemizar.

“Sofri racismo na Espanha. Como estava numa fase muito boa no Zaragoza, ouvia som de macaco. Mas nunca polemizei. É um problema cultural. Esse é um problema de quem acha. Não faz diferença você ser negro, branco, de raça A ou B. Esse é um problema do ser humano”, declarou.

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