Ex-dirigente do Palmeiras cobra atitude: “linha dura tem que prevalecer”
Pulso firme. É isso que tem falta ao Palmeiras na opinião de Toninho Cecílio. Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o ex-jogador e dirigente do clube, criticou a falta de atitudes drásticas tomadas pela diretoria alviverde que, segundo ele, culminaram na situação trágica na qual o clube se encontra no Campeonato Brasileiro. Ele defendeu o presidente Paulo Nobre, mas alertou ao clube que “não existe mais camisa pesada” no futebol atual e que um terceiro rebaixamento em doze anos é plausível.
Na lanterna do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras é o time que mais perdeu no torneio e vive grave crise no ano de seu centenário. “É inadmissível. Não se pode aceitar que o Palmeiras esteja nessa situação. Conheço as pessoas que trabalham lá e sei que não queriam que o clube estivesse onde está, mas isso não pode acontecer. Precisamos nos indignar pelo o que a gente sabe que é o clube”, disse.
Para o ex-dirigente do clube, faltou a direção entender os sinais de fraqueza que o elenco dava. “Não é normal perder uma semifinal para o Ituano [no Campeonato Paulista, no primeiro semestre de 2014]. A partir daí, seria necessário aumentar a cobrança. O futebol dá sinais e aí você precisa tomar atitudes para se precaver. Na dúvida, a linha dura deve permanecer”, opinou.
O meia Bruno César, contratado para ser a solução do meio de campo ao lado de Valdívia, não correspondeu dentro de campo e é constantemente criticado pela negligência com a forma física. “Não dá pra aceitar, de jeito nenhum, um jogador barrigudo entrando em campo. O Bruno César é um exemplo apenas. Ele entra na primeira rodada fora de forma e na décima continua assim. Alguém tem que cair então, o preparado físico ou o jogador. Falta atitude”, criticou o dirigente que ressaltou que a formação do elenco deveria ter sido feita “com mais seriedade”.
Sobre Dorival, Cecílio disse acreditar no trabalho do treinador, mas apontou erros na conduta da comissão técnica. “Ele tem experiência, já pegou outras equipes grandes nessa situação. Quando ele foi convidado, sabia do elenco que tinha. Acho que ele errou porque tinha que ter exigido a contratação de quatro ou cinco jogadores, de qualquer jeito”,
Cecílio elogiou o atual presidente Paulo Nobre, mas cobrou mais trabalho da diretoria. “Todo mundo fala que o time vai se salvar, mas se não trabalhar vai cair de novo, assim como aconteceu com o Vasco, por exemplo. Não existe mais camisa no futebol, o que importa é quem comanda. Isso é que faz a diferença no futebol”, finalizou.
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