Ex-futebolista e fã de meditação, Matheus Nicolau enfrentará velho amigo no UFC

  • Por Jovem Pan
  • 02/11/2015 19h20
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Reprodução/Facebook Matheus Nicolau descobriu na meditação uma forma de ficar mais tranquilo e concentrado para as lutas

O mineiro Matheus Nicolau tem apenas 22 anos de idade e, no próximo sábado, dia 7 de novembro, fará uma das grandes lutas de sua carreira, contra Bruno Korea, no UFC Belfort x Henderson 3. Ainda no início de sua caminhada, o lutador tem diversas histórias curiosas em sua vida – como a tentativa de ser jogador de futebol e a prática da meditação para ajudar nos combates. Algumas dessas histórias ele contou ao repórter André Ranieri, da Rádio Jovem Pan, além de falar sobre o que espera do duelo.

“As expectativas para a luta são as melhores possíveis. O trabalho está sendo muito bem feito para chegar lá e dar um show para o público que vai estar presente acompanhando essa batalha”, disse Matheus. Para ele, não haverá pressão por lutar em casa, no Ginásio do Ibirapuera. “Independentemente de onde for, seja no Brasil ou lá fora, não muda muito, porque quando fecha a porta do octógono é só eu e o meu adversário, não tem torcida, não tem nada. Mas lutar no Brasil, na verdade, eu acho bem legal, uma grande honra, e São Paulo é perto de Minas, eu sou de Belo Horizonte, acredito que a torcida vai estar junto e terei vários amigos prestigiando e dando um grito a mais”.

Outro destaque do confronto é que será contra Bruno Korea, seu amigo e companheiro no reality show TUF. “Na verdade, eu tenho um pouco de experiência com isso (lutar contra um amigo) porque no TUF eu lutei contra um companheiro no time do Shogun, um cara com quem eu fiz uma amizade bacana, e também era atleta da Nova União (academia onde treina). Na luta eu tento me abster de qualquer tipo de sentimento, não tem amizade, não tem inimizade, não tem nenhuma emoção de raiva ou algo do tipo. É só um adversário que está na minha frente e eu vou ter que derrubá-lo para seguir o meu sonho”, analisou.

No entanto, antes de derrubar adversários no octógono, Matheus tentou ser jogador de futebol. “Eu nasci praticamente com a chuteira nos pés. Meu pai e meus irmãos gostavam muito de futebol, cheguei a jogar em alguns times de Belo Horizonte, joguei no Atlético-MG, no Cruzeiro. Porém, quando eu conheci o jiu-jitsu, eu tinha nove anos, e dei uma apaixonada pelas artes marciais. Dei uma parada e, aos treze anos, quando eu voltei a praticar, realmente me apaixonei e vi que era isso que meu coração se inclinava a fazer”, contou o mineiro, que jogava de meia atacante ou ponta. “Eu jogava na frente, sempre fui um cara rápido, nunca tive uma estatura muito alta. Quando era mais novo era menor que meus companheiros”.

Entretanto, ele não se difere dos outros lutadores apenas por seu passado, mas também pelo gosto pela meditação. “Eu conheci a meditação através de um amigo que hoje está no MMA também. Ele me apresentou e eu fiz uma semana antes de uma luta. Eu gostei bastante, achei que fiquei bem concentrado e bem tranquilo, consegui fazer bem a estratégia, e então comecei a praticar. Comprei alguns livros, tenho estudado, ainda sou um leigo no assunto, porém estou melhorando, e eu acho que ajuda bastante em termos de concentração”, disse Matheus. “Na luta a gente não tem muito tempo para pensar, tem que estar tudo no automático, porque tudo acontece num milésimo de segundo. E a meditação te ajuda nisso, você consegue entrar em transe com o que você está fazendo”, concluiu.

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