Ex-presidente da federação chilena diz que já esperava prisões de dirigentes

  • Por Agencia EFE
  • 27/05/2015 12h23

Santiago do Chile, 27 mai (EFE).- Ex-presidente da federação chilena de futebol e ex-funcionário da Fifa, Harold Mayne-Nicholls admitiu nesta quarta-feira que já esperava a prisão de dirigentes por envolvimento em caso de corrupção.

“Estava por vir. Estas pessoas precisam se afastar do futebol. Faltou liderança no interior da Fifa para tirar essas pessoas que só fazem o mal”, disse o dirigente ao site “Emol”.

Mayne-Nicholls, que foi mandatário da entidade nacional entre 2007 e 2011, chegou a anunciar no ano passado que estudava se candidatar à presidência da Fifa.

O chileno afirmou que no período em que atuou na federação internacional, ocupando diversos cargos, inclusive na organização de competições, sempre “escutou coisas”, relacionadas a corrupção, mas que nunca se deparou com nenhum indício.

“Se tivesse visto algo ou recebido alguma informação de que algo incorreto acontecia, eu teria feito a denúncia”, disse.

Mayne-Nicholls aproveitou para criticar a posição tomada pela Fifa, que através do diretor de comunicação, Walter de Gregorio, apontou que nenhum membro do Comitê Executivo deixará seu cargo.

“É uma resposta bem especial da Fifa. É como se não estivesse acontecendo nada. Ele usou uma metáfora impresentável, dizendo que Blatter não está comemorando em seu escritório. Isso é muito mais sério. Deve haver uma preocupação gigantesca em Zurique”, garantiu.

O chileno ainda lamentou a presença do ex-presidente da Conmebol Nicolás Leoz entre os envolvidos, afirmando, no entanto, que é normal que se mude a visão de um dirigente em situação como essa.

“Tenho uma imagem distinta dele. É lamentável e doloroso, pois nunca tive nenhum inconveniente com ele, mas obviamente com isso a imagem que tive, terá que mudar. O mesmo acontece com João Havelange”, explicou. EFE

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