Ex-Timão, Batata relembra histórias hilárias com Vampeta e manda Thiago Silva “chorar na cama”

  • Por Jovem Pan
  • 24/08/2015 18h09
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Futebol: o zagueiro Batata segura bola durante treino do Corinthians no Parque São Jorge, em São Paulo (SP). (São Paulo (SP), 11.09.2001, Fernando Santos/Folhapress. Digital) Folhapress Batata foi parceiro de Gamarra na zaga do Corinthians e conquistou diversos títulos pelo clube

Os mais saudosistas lamentam a falta de jogadores à moda antiga no futebol moderno. Wanderley Gonçalves Barbosa, o Batata, era um desses jogadores, um “zagueiro-zagueiro”. Pelo Corinthians, conquistou o Campeonato Brasileiro duas vezes e o Mundial de Clubes entre 1998 e 2000, e, além de títulos, acumulou histórias com amigos como Vampeta. Algumas delas Batata recordou em uma divertidíssima entrevista à Rádio Jovem Pan, e ainda aproveitou para analisar os atletas de sua posição que jogam atualmente – e criticar alguns deles.

A recepção de Batata na entrevista foi calorosa, com Vampeta lembrando uma história hilária. “Teve uma sequência de três jogos do Corinthians em que o Batata fez gol contra. Fomos enfrentar o Palmeiras e o Evaristo (de Macedo, técnico do time), disse: ‘Vampeta marca o Oséas; Gamarra marca o Evair; Rincón marca o Clébão; Índio marca o Batata’. A gente respondeu que o Batata era nosso, e o Evaristo falou: ‘mas faz gol contra pra car****’”, contou o Velho Vamp aos risos.

Na zaga, o companheiro de Batata era o paraguaio Gamarra, conhecido pela sua habilidade para fazer desarmes e as poucas faltas cometidas. “Eu fazia o serviço sujo, quem levava a fama era o Gamarra”, disse o ex-corintiano. “O Gamarra era: ‘90, 180, 360 minutos sem fazer uma falta’, e o Batata era cartão amarelo, cartão vermelho… O Vanderlei (Luxemburgo) falou pro Gamarra: ‘não aguento mais essa história da imprensa que você não faz falta, faz logo uma pra acabar com isso’. Ele foi lá, deu uma voadora e foi expulso (risos)”, completou Vampeta.

Para Batata, um zagueiro precisa ser firme não só nas divididas, mas também na personalidade em momentos difíceis. Ao comentar isso, lembrou do choro de Thiago Silva antes da disputa de pênaltis contra o Chile na última Copa do Mundo. “Eu tenho filho, se acontece alguma coisa aqui, tenho de defender meu filho, e eu começo a chorar? Estou mostrando fraqueza para o meu filho. O Thiago Silva naquele momento era o responsável pela Seleção, ele que tinha que mostrar equilíbrio, maturidade, e não chorar. O choro é o primeiro sintoma de fraqueza naquela hora. Deveria pegar no braço dos jogadores, juntar todo mundo, incentivar. Mas começa a chorar, pô! Vai chorar na cama que é lugar quente”, afirmou.

Falando sobre a situação de Osorio no São Paulo e da suposta má vontade de alguns jogadores com o colombiano, o ex-jogador garantiu que o elenco derruba técnicos. “Derruba, hein, pelo amor de Deus, como derruba. Mas o Osorio está sofrendo é com o desmanche. Não dá para colocar um treinador com a filosofia dele e não dar material humano. É difícil para ele, difícil para qualquer treinador trabalhar com peças que não tenham qualidade. Não que o São Paulo não tenha, mas tem que ter jogadores de responsabilidade que segurem a peteca. Seis (jogadores) carregam quatro, mas quatro não carregam seis. O Osorio precisa desse respaldo, que hoje ele não tem”, analisou. Para ele, atletas inteligentes, como Rogério Ceni, entendem a proposta de Osorio, mas os “cabeças-de-bagre” não, e isso dificulta o trabalho do treinador.

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