Ex-vice do Gama alfineta cariocas e prevê nova crise no Brasileiro com liminares

  • Por Jovem Pan
  • 13/01/2014 15h14
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RIO DE JANEIRO, RJ, 16.12.2013: STJD/PORTUGUESA - Torcedores do Fluminense comemoram a permanência do clube na série A. Por 5 a 0, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) decidiu, em primeira instância, punir a Portuguesa com a perda de quatro pontos, rebaixando a equipe paulista para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro de 2014. A decisão faz com que o Fluminense seja mantido na Série A. (Foto: Wagner Meier/AGIF /Folhapress) Folhapress Lágrimas e sorrisos: confira imagens dos torcedores após o julgamento que rebaixou a Lusa

A disputa jurídica envolvendo Flamengo, Fluminense, Portuguesa e CBF que tem marcado o Brasileirão 2013 não é novidade no cenário esportivo. Em 1999 o Gama foi à Justiça Comum para evitar seu rebaixamento, graças a um tapetão que, a época, salvaria o Botafogo do descenso.

O vice-presidente do Gama durante o período, Paulo Goyaz, conversou com a Rádio Jovem Pan e ressaltou que a situação é muito parecida com a que culminou na Copa João Havelange, e que a vitória do Gama na Justiça Comum dá esperança à Portuguesa e ao Flamengo com as liminares obtidas por torcedores na última semana.

“A situação é parecida e hoje há mais dispositivos legais, graças a nossa ação, que é a única vitória jurídica nos últimos 150 anos de futebol. Entramos na justiça comum contra a CBF, o Clube dos 13, os vinte clubes que disputaram o campeonato, a Fifa e a Globo. E esta liminar continua valendo até hoje”.

Ele ressalta que o caso se repete justamente contra clubes do Rio de Janeiro e reclama: “o STJD assume a postura de defesa aos clubes cariocas, o que é lamentável”. No caso do Gama, o Botafogo havia sido rebaixado, mas recuperou os pontos de uma derrota para o São Paulo no tapetão, graças à escalação irregular do então atacante tricolor Sandro Hiroshi, derrubando assim o time esmeraldino.

Sobre a situação atual de Flamengo e Portuguesa, que foram punidos com a perda de quatro pontos pela escalação irregular de André Santos e Heverton, respectivamente, ele afirma que não tem uma posição, mas caso as liminares se mantiverem, haverá uma nova crise no futebol.

“Eu não li o conteúdo das liminares, mas se mantendo essa situação haverá uma nova crise nofutebol brasileiro. A Fifa em tese não permite que um time jogue com liminar da Justiça Comum, mas tem que levar em conta que o Brasil é um país autônomo, e também as regras do código desportivo e as conquistadas pelo Gama na Comum. É uma situação atípica, que complica ainda mais pelo fato do advogado ter recebido a notificação sobre o punição”, concluiu Goyaz.

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