A exatos 2 anos dos Jogos Olímpicos, andamento das obras ainda preocupa

  • Por Agência EFE
  • 05/08/2014 15h22
Reprodução Rio 2016 - Logotipo

Faltando exatos dois anos para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, o Rio de Janeiro vive intensamente a contagem regressiva para o evento, mas mantém o sinal amarelo quanto a realização de obras, reformas e melhorias de instalações esportivas e infra-estrutura geral.

Diversas solenidades marcaram o dia no Rio de Janeiro, como a divulgação de uma nova imagem corporativa do evento e de um calendário de eventos-testes visando os Jogos, além de balanço sobre o andamento das obras e informações sobre legado.

Apesar da garantia das autoridades e do Comitê Olímpico Internacional (COI) de que os prazos serão cumpridos, os documentos divulgados ignoraram algumas das principais preocupações, como a poluição da Baía de Guanabara.

Até agora, o governo do estado do Rio de Janeiro não disse como atingirá a meta de tratar 80% das águas do local antes de 2016. No fim de semana, durante competição internacional de vela, em que vários atletas se queixaram do lixo no local em que se disputará a modalidade nos Jogos.

Além disso, os balanços não tocam no assunto das remoções e do destino incerto das cerca de 19 mil famílias que tiveram que sair de casa para a realização de obras. Além disso, não é tratado o pedido de intevenção do COI, que em abril passado determinou uma intervenção na organização dos Jogos, para evitar atrasos maiores.

A resposta as críticas pelo trânsito do Rio de Janeiro, por sua vez, foi que as próprias obras de infra-estrutura viária estão sendo realizadas por toda a cidade, para melhorar a situação.

A prefeitura do Rio de Janeiro alega que, quando forem concluídas as obras, entre elas a da nova linha de metrô, o VLT e três vias exclusivas para ônibus, 80% da população conseguirá utilizar o transporte público para seus deslocamentos.

De acordo com os balanços divulgados pela prefeitura e pelo Comitê Olímpico do Brasil, 55% das instalações esportivas que serão utilizadas nos Jogos já estão prontas.

“Terminamos a fase exclusiva de planejamento e estamos na parte operacional, quando as estruturas começam a ganhar forma”, garantiu hoje o presidente do COB e do Comitê Organizador Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman.

Entre as estruturas já concluídas segundo a competição estão o Maracanã, o Maracanãzinho, o centro de convenções Riocentro, a Marina da Glória e o Engenhão, segundo a organização.

Nas áreas da Vila Olímpica e do Parque Olímpico, com área total de 1,18 milhões de metros quadratos, em que serão disputadas 16 modalidades, já foram concluídas as fundações e as primeiras estruturas começaram a ser erguidas.

Já o Complexo de Deodoro, em que serão disputadas 11 modalidades olímpicas, as obras também já começaram, mas as instalações seguem sendo as que mais preocupam.

Segundo um balanço da Autoridade Pública Olímpica, 37 dos 52 equipamentos esportivos dos Jogos, ou seja, 71%, estão em andamento, contra 46% do panorama analisado de janeiro do ano passado.

“Seguimos firmes no compromisso de realizar Jogos fantásticos, dentro do prazo e com responsabilidade na gestão do orçamento”, afirmou o diretor-geral do Comitê Rio 2016, Sydney Levy.

Em sua última atualização nesta semana, o orçamento do evento foi elevado para R$ 37,6 bilhões, com 57% sendo financiados pelo setor privado, mas a própria prefeitura admite que o valor pode crescer, porque algumas obras ainda serão licitadas.

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